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Unaí lança campanha de erradicação do trabalho infantil 2025
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O lançamento ocorreu no plenário da Câmara Municipal, na manhã desta terça (3/6). Contou com a presença de autoridades e de gestores e profissionais da rede de assistência do município. O AEPETI (Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil) é desenvolvido no âmbito da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania (Semdesc).

 

A campanha deste ano, com o tema “Transformar os nossos compromissos em ação” e o slogan “Toda criança que trabalha perde a infância e o futuro”, reforça o dever de toda a sociedade combater essa grande violação de direitos.

 

Com o símbolo do cata-vento colorido, que representa alegria e movimento, a campanha busca mobilizar governos, empresas, escolas, famílias e cidadãos. Entre as ações previstas para o ano estão seminários, mobilizações, materiais informativos, além da participação ativa da rede de proteção.

 

UNAÍ ADERIU AO AEPETI EM 2015

 

O Censo do IBGE 2010 trouxe dados que davam conta de que 1.700 crianças trabalhavam no município de Unaí à época. Em 2015, o município firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho (MPT) aderindo ao Programa de Enfrentamento ao Trabalho Infantil. Ainda assim, em 2021, foram 50 casos de trabalho infantil catalogados no município.

 

E muitos desses casos, segundo a coordenadora do AEPETI, Thalitta Braga, são as formas mais cruéis de trabalho infantil, como tráfico de drogas, exploração sexual e trabalho em área rural, como boia fria.

 

“Então, sim. Tem crianças no nosso município que estão nessas condições. E são crianças com idades entre 9 e 13 anos. E como pedagoga, sei do impacto que é para uma criança trabalhar. Sei do impacto que é tirar uma criança da infância dela, da fase de brincar. A criança precisa passar pela infância integralmente, preservando seu psicológico, preservando o seu físico, preservando a sua moral”, defendeu Thalitta.

 

A coordenadora do AEPETI assinalou que é preciso desconstruir o pensamento, muito enraizado na cultura unaiense, de que “a criança precisa trabalhar”. Não. Para Thalitta, a criança não pode ser educada como um miniadulto.

 

Ela lembrou que as crianças que precisam trabalhar são, normalmente, filhas de famílias vivendo em situação de vulnerabilidade. “Então, preciso identificar e levar uma ação para essa família que está passando por situação difícil”.

 

Inserir um adolescente de 14 anos no Programa Jovem Aprendiz e creche em tempo integral para mães que precisam trabalhar (e não têm com quem deixar os filhos menores) são apenas algumas das situações que Thalitta colocou como desafio para atuação do poder público e da sociedade como um todo.

 

PREFEITO THIAGO QUER ZERAR OS CASOS

 

Durante a abertura oficial da campanha, Thiago Martins disse que é importante que o município combata totalmente os casos de trabalho infantil. Ele disse concordar com a coordenadora do AEPETI de que as ações sejam realmente colocadas em prática e não fiquem apenas no discurso, como ocorre em diversas ocasiões.

 

Aproveitando a presença da secretária Tia Gabi (Educação), o prefeito solicitou que o tema do trabalho infantil seja levado às diretoras escolares e às professoras. “Precisamos levar esta campanha para dentro da sala de aula, que é onde se encontra o maior número de crianças”.

 

De acordo com Thiago, é importante conversar com as crianças para saber se realizam algum tipo de trabalho infantil. “Porque transtornos vivenciados ao longo da infância vão refletir lá no futuro. Depressão, ansiedade, nervosismo. Depois tudo isso vai recair sobre o poder público também”, afirmou o prefeito.

 

Ele pôs o gabinete do Poder Executivo à disposição, para desenvolver as ações. “Nós temos muito trabalho. Mas, deixa o trabalho para nós, adultos, e deixem as nossas crianças serem felizes”.

 

SECRETÁRIO DISSE QUE ASSUME A RESPONSABILIDADE

 

“Eu assumo a responsabilidade de trabalhar junto e promover o bem-estar para nossas crianças e para quem mais precisar”, enfatizou o secretário de Desenvolvimento Social e Cidadania, Valdmix Silva. “Estou ali (na Semdesc) realmente para fazer o meu trabalho, dar o melhor de mim”.

 

Ele disse ser fiel a uma frase da qual gosta muito: “eu jamais colocarei o meu corpo em algo que eu não possa oferecer o melhor de mim”. E para conseguir os objetivos traçados para erradicar o trabalho infantil em Unaí, o secretário enaltece as parcerias externas (Ministério Público, Poder Judiciário, Polícias Militar e Civil) e internas (equipamentos da Semdesc, além do Conselho Tutelar e Secretarias de Educação, Saúde, Cultura).

 

PARCEIROS DA REDE DE PROTEÇÃO

 

Parceiros como Câmara Municipal (vereador Serginho da Rádio), Polícia Militar (comandante do 28º BPMG, tenente-coronel Braga), Poder Judiciário (assistente social Judicial da Comarca de Unaí Marilene Araújo), Conselho Tutelar (conselheira Iara de Souza) tomaram assento à mesa de autoridades e destacaram a necessidade da proteção aos direitos da infância e colocaram suas respectivas instituições à disposição do AEPETI.

 

TEATRO COMO LINGUAGEM PERSUASIVA

 

Os atores César Júnior e Liz Gonçalves resumiram, por meio da linguagem teatral e do poder persuasivo das artes cênicas, muito do que foi dito tanto na apresentação da coordenadora Thalitta, quanto no pronunciamento dos que tomaram assento à mesa de autoridades.

 

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