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Medicina especializada: 40.802 consultas entre janeiro e julho; mais de 20 mil pacientes atendidos
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De acordo com relatório produzido pela Secretaria de Saúde, foram realizadas mais consultas (40.802) do que as disponibilizadas (40.209). Ou seja, o município realizou 593 consultas além do previsto. No período, foram atendidos 20.453 pacientes em 21 especialidades médicas (clínica médica, infectologia, oftalmologia, neurologia, gastroenterologia, pneumologia, reumatologia, ortopedia/traumatologia, otorrinolaringologia, psiquiatria, dermatologia, urologia, neurologia pediátrica, cirurgia geral, cardiologia, angiologia, endocrinologia/metabologia, pediatria, ginecologia/obstetrícia, mastologia e anestesiologia).

O setor que mais concentrou consultas foi o de clínica médica, com 6.115, seguido por ortopedia/traumatologia, com 4.321 consultas, oftalmologia (4.028 consultas), psiquiatria (3.910 consultas) e pediatria (3.110).

O relatório aponta que 11.307 pacientes tiveram apenas uma consulta, enquanto 4.512 passaram por duas consultas com especialistas. Dois pacientes, no entanto, ultrapassaram 20 consultas no período, “configurando casos crônicos e de alta complexidade”, segundo observado no documento.

Por outro lado, 2.239 pessoas marcaram consultas e não compareceram. Ou seja, a consulta foi paga (pelo SUS), o médico ficou aguardando o paciente, e este não compareceu.

Especialidades com alta pressão

Setores como clínica médica, ortopedia/traumatalogia, gastroenterologia, endocrinologia/metabologia, cirurgia geral e psiquiatria ultrapassaram os 120% da capacidade planejada pela Secretaria Municipal de Saúde. Isto é, realizaram muito mais consultas do que estava previsto.

O secretário de Saúde, José Juliano Espíndula, explica que a Saúde Municipal não pode ofertar as consultas de acordo com a cabeça do gestor. “Existem no SUS, no Ministério da Saúde, os parâmetros assistenciais que dizem quantas consultas podemos ofertar, levando em consideração uma população de 86 mil habitantes. Porque tem uma diferença muito grande entre aquilo que as pessoas querem e o que nós podemos ofertar”.

Para ilustrar, ele dá um exemplo: a pessoa está com uma dor no pé e ela quer uma consulta direto com o ortopedista. Aí, o especialista vai pedir uma radiografia, uma tomografia, uma ressonância. Vai gastar muito dinheiro e não vai diagnosticar. Por quê? Porque o paciente pode estar com ácido úrico alto, uma crise de gota. Isso é tratado no PSF, porta de entrada do sistema de saúde, passando primeiro pelo clínico geral. Se houver necessidade, será encaminhado para o especialista. Se não, será tratado pelo próprio PSF (atenção primária).

Unaí possui 21 equipes de Estratégia de Saúde da Família, com cobertura de 87% da cidade. É o PSF que o cidadão deve procurar quando sente uma dor nas pernas, na cabeça, no peito, uma gripe, um resfriado, quando tem febre, enfim, o PSF é a porta de entrada para toda e qualquer especialidade.

Lá tem o médico generalista que, num primeiro momento, fará o atendimento de qualquer problema que o paciente apresente (menos urgência e emergência, que é caso de pronto-socorro). Dependendo do quadro do paciente, o médico do PSF aciona a Central de Regulação com um clique, para marcação de exames ou encaminhamento para o médico especialista.

Especialidades com baixo aproveitamento

No outro extremo, o relatório registra as áreas críticas, com produção inferior ao programado. Especialidades como angiologia, por exemplo, que ofertou 800 consultas, realizou apenas 199, condição justificada pela licença-maternidade da médica, que não foi substituída;

Na neurologia, foram ofertadas 1.960 vagas de consultas e 1.196 realizadas (déficit justificado pela falta de especialistas); Em neuropediatria, foram 584 consultas atendidas para 960 ofertadas; Em ginecologia e obstetrícia, ofertadas 4.760 consultas e realizadas 2.651 (duplicidade de registros mais baixa adesão); pneumologia e anestesiologia também apresentaram registros de consultas abaixo da média.

De acordo com o secretário José Juliano, “isso representa ineficiência do sistema, com vagas ociosas enquanto outras especialidades estão sobrecarregadas”. O diagnóstico servirá para orientar as soluções.

Principais gargalos (fila reprimida) e recomendações

O relatório registra as seis especialidades que concentram 85% da demanda reprimida: o maior gargalo é a clínica médica, com fila de 3.612 pacientes para consultas; ortopedia/traumatologia e psiquiatria (déficit de 563 consultas); pediatria (-519 consultas); ginecologia e obstetrícia (-378) e neurologia (-343) fecham as especialidades com os principais gargalos.

Ciente dos problemas a serem resolvidos, o secretário José Juliano entende que a clínica médica, o maior gargalo, precisa de um reforço imediato (com novos médicos, mutirões e ações de telemedicina); ortopedia, psiquiatria e pediatria são áreas críticas que necessitam de pactuação regional e contratação emergencial;

angiologia e cardiologia merecem atenção prioritária, porque trabalham com alto risco; dermatologia, urologia e neuropediatria podem servir de referência de planejamento para outras especialidades, devido ao equilíbrio atingido; já a demanda reprimida global sinaliza que o sistema está no limite, exigindo redistribuição da oferta e melhor regulação.

 

 Imagem: Stefarmepik Freepikmedico01

 

 

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