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Caps quer atenção primária capaz de identificar pessoas com sofrimento mental
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Não é fácil para um servidor que atua na atenção primária de saúde identificar nos pacientes traços de sofrimento mental, para encaminhamento. Foi partindo dessa premissa que o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) da Secretaria Municipal de Saúde, referência em Unaí para o tratamento de transtornos mentais graves e persistentes, iniciou um trabalho de aproximação entre o órgão e toda a rede de atenção primária à saúde. Essa "aproximação" do Caps com profissionais que atuam na Estratégia de Saúde da Família (PSFs), nas Unidades Básicas de Saúde, no Programa de Agentes Comunitários de Saúde (na área rural) e em toda a rede de atenção básica da cidade começou nesta terça (18/2), no plenário da Câmara Municipal de Unaí.

 

"Hoje, estamos apresentando o funcionamento da rede psicossocial do município, viemos explicar a proposta, falar do trabalho e do papel de cada órgão, de cada profissional, para melhor desenvolvimento do trabalho", explica Karita de Oliveira, coordenadora do Caps. Ela acrescenta que o momento é propício para essa apresentação, porque houve muita renovação nas equipes de saúde (com a posse dos novos concursados). Além de Karita, participaram da apresentação a enfermeira Karen Martins e a terapeuta ocupacional Isabela Brito, ambas integrantes da equipe de multiprofissioanais do Caps Unaí, que conta ainda com médica psiquiatra, psicóloga e assistente social.

 

Esse encontro, ressalta Karita, é apenas o primeiro de uma série de outros que ocorrerão durante todo o ano. Em encontros posteriores, o Caps vai propor estudo e discussão de casos reais. "Os profissionais de saúde da atenção primária vão trazer os casos que existem em seu território de cobertura, que eles têm dificuldade em lidar e não sabem como fazer, para a gente discutir, dar o suporte técnico e definir em conjunto um plano de cuidado para o paciente".

 

Karita explica que a atenção primária de saúde funciona como porta de entrada para o atendimento básico no SUS. E, nessa perspectiva, é desejável que também assim seja para o usuário da saúde mental. "Vamos treinar o servidor da atenção primária para saber qual o momento de permanecer com o paciente em sofrimento mental na unidade básica, se há condição de lidar com o problema, e quando encaminhar para o Caps". Atualmente, os pacientes com dificuldades mentais, em sua maioria, chegam ao Caps mais por demanda espontânea (já não aguentam lidar, sozinhos, com o próprio sofrimento e procuram ajuda) do que pela demanda referenciada pela rede de saúde.

 

CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAIS

 

A portaria ministerial que regulamentou a implantação e funcionamento do Caps foi editada no país em 2002. O Centro de Atenção Psicossocial unaiense foi instalado em 2008. Tal política pública veio substituir a prática de internação de pessoas com transtornos mentais em unidades fechadas ou em manicômios.

 

Com a política antimanicomial, a "humanização" alcançou o atendimento das pessoas com sofrimento mental e suas múltiplas variáveis, que vão desde ansiedade e depressão até a esquizofrenia aguda e outras psicoses. "Antes, se colocava uma camisa de força na pessoa com transtorno mental e mandava para Brasília. Esse era o tipo de tratamento", lembra Karita.

 

O Caps Unaí é do tipo 1, implantado de acordo com o número de habitantes da cidade. Ainda existem os tipos 2 (população maior), 3 (com funcionamento 24 horas por dia em cidades com mais de 150 mil habitantes), o AD (para atendimento de pacientes com histórico de abuso de álcool e drogas) e o IA (para atendimento de crianças e adolescentes).

 

A Prefeitura de Unaí faz gestões para instalação do Caps AD na cidade, o que pode ocorrer ainda neste ano. Karita destaca que o uso e abuso de álcool e drogas é um dos fatores de risco que podem levar ao desenvolvimento de doenças mentais, e são considerados graves problemas de saúde pública.

 

Em todos os casos, os pacientes da região com transtornos mentais graves e persistentes são referenciados para o Caps Unaí, que possui equipe multiprofissional para o atendimento. Muitos desses pacientes, em casos mais críticos, são acolhidos na modalidade "permanência dia", porque ficam no Caps durante o horário de funcionamento. O Caps Unaí fica na avenida Transamazônica, 395, bairro Divineia. Funciona das 7h às 17h, e o telefone de contato é o 3677-2741.

 

Lá, conforme o caso, o paciente é atendido em diferentes modalidades: toma medicação estabilizadora, passa por acompanhamento psicoterápico com psicólogo, obtém atendimento com terapeuta ocupacional, passa por oficinas terapêuticas, por atendimentos coletivos. A família do paciente também obtém suporte para compreensão do caso e envolvimento no tratamento de seu ente, desde a acolhida (chegada ao Caps pela primeira vez).

 

Para os casos mais graves de transtorno mental, no entanto, em que o paciente entra em estado de "surto psicótico" ou demonstra grande agressividade, muitas vezes ele precisa ser contido (normalmente com a ajuda do Corpo de Bombeiros) e internado no Hospital Municipal, para medicação. Em casos muito específicos, raros, o doente é encaminhado para o hospital psiquiátrico referência para o Noroeste de Minas, que fica em Uberaba.

 

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