Nas tardes de luz ou sob a magia das noites enluaradas, grupos de pessoas sem distinção de idade, reuniam-se sobre a ponte do Rio Preto. Elevavam-se as claras vozes, quebrando a placidez das pequeninas ruas.

Cantavam modinhas da época acompanhadas do violão bem tocado pelo inesquecível Carlos Gonzaga. Brilhavam os raios do luar que refletiam cintiliantes nas murmurosas águas do rio, que deslizavam mansamente, para melhor escutar os cantos que tocam o coração.

O Amor era tão simples e puro e com ele o encantamento dos breves instantes dos breves encontros da fugaz felicidade.

Fonte: Maria Torres Gonçalves - "Hunay de Hontem, Unaí de Hoje"  - 1990 / Editora Arte Quintal