1º Seminário de Segurança Alimentar e Nutricional de Unaí – Banco Municipal de Alimentos é fundamental na estratégia e será “vitaminado” com novas aquisições

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O objetivo macro do seminário vai ao encontro de dispositivo da Organização das Nações Unidas (ONU) e sua “Agenda 2030”, que pretende acabar com todas as formas de fome e má nutrição até 2030, de forma a garantir que todas as pessoas – especialmente crianças – tenham acesso suficiente a alimentos nutritivos ao longo dos anos.


Para garantir o direito à alimentação segura a quem precisa e dar novos passos, foi convocada a 1ª plenária unaiense, para discutir as questões relacionadas à segurança alimentar e nutricional, com o foco mais fechado no município.


Durante a tarde dessa quarta-feira (26/7), o Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (Comsea) e a Administração Municipal (sob coordenação da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Cidadania - Semdesc) reuniram integrantes da sociedade civil para discutir, debater e formular propostas e construção de um modelo unaiense sustentável.


Três foram os eixos estabelecidos para funcionar como fios condutores da plenária: 1) Produção de alimentos saudáveis em Unaí-MG; 2) Fortalecimento popular, segurança alimentar e nutricional no sistema alimentar Sisan; e 3) Combate à fome e à miséria como promoção dos direitos humanos e inclusão social. Cada um dos eixos propostos trouxe seus desafios expressos, a fim de facilitar discussões e proposições.


SOCIEDADE CIVIL LOTOU A PLENÁRIA


Técnicos, entidades socioassistenciais, associações e pequenos produtores lotaram a plenária, que foi dividida em três mesas de discussões para elaboração de propostas. Cada mesa ficou com um eixo de discussão e seus desafios.


Além dos técnicos da Semdesc, dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras), das Casas Lares, Residência Inclusiva, Hospital Municipal, presença dos produtores da agricultura familiar e projetos de assentamentos da reforma agrária, de entidades socioassistenciais do município (como Apae, Abrigo Frei Anselmo, CEM, Audec, Cepasa, Avouna, pastoral da igreja São José, Associação Fraterna José Caetano), da Capul e Cooperagro, de nutricionistas de entidades.


Uma menção especial ao Banco Municipal de Alimentos, que há mais de um ano recebe frutas, verduras e legumes doados por produtores, supermercados/sacolões, “qualifica” os alimentos e viabiliza sua distribuição para as famílias assistidas pelos Cras, bem como para as entidades socioassistenciais cadastradas no banco.


O Banco de Alimentos é gerido pela Adequare Gestão de Negócios, tendo à frente a diretora executiva Monique Martins da Silva, que também é a nutricionista responsável pelo banco e foi a palestrante da tarde, desenvolvendo o tema “Por democracia, com comida de verdade, produção sustentável e soberania alimentar”. A palestra norteou os trabalhos da plenária.


“É uma satisfação ver isso que estamos vendo hoje. Ver a casa cheia e as coisas acontecendo. Quero fazer um reconhecimento à parceria entre a Semdesc e o Banco de Alimentos, que estão viabilizando um programa que já deu certo”, disse o prefeito José Gomes Branquinho, em pronunciamento durante a abertura oficial do seminário.


Na mesa de autoridades, representações da Semdesc, do Comsea, da Câmara Municipal, do Serviço Municipal de Saneamento Básico (Saae), da Emater, da Adequare, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável e dos produtores da agricultura familiar.


BANCO DE ALIMENTOS SERÁ IMPULSIONADO


O prefeito Branquinho lembrou que a criação do Banco Municipal de Alimentos ocorreu após uma visita que ele (em companhia da secretária Cláudia de Oliveira) fez à Ceasa de Brasília (em agosto de 2018), que serviu como inspiração e modelo para a criação da entidade unaiense. Após superar os trâmites burocráticos e criação de uma estrutura, o banco entrou em funcionamento em setembro de 2022.


Além das doações, o banco vai receber o reforço da produção da agricultura familiar. São 90 produtores já cadastrados aptos a fornecer seus produtos para o banco. O pagamento será feito pelo governo federal dentro do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).


As toneladas de produtos que já passam mensalmente pelo Banco de Alimentos serão expandidas e atenderão um maior número de famílias vulneráveis e entidades socioassistenciais credenciadas.
“São duas ações importantes: quem produz (agricultores familiares) achou uma forma de vender seus produtos, e quem necessita está recebendo para alimentar suas famílias”, ressaltou o prefeito.


“E sabemos que só vai aumentar! [a aquisição, a seleção e a distribuição dos alimentos]”, afirma Branquinho, entusiasmado pelos resultados positivos alcançados pelo banco unaiense. E ele quer mais: “Já está viabilizado, já tem dinheiro em conta para comprar refrigeradores, balanças, liquidificadores. [Vamos adquirir] tudo o que precisar, porque vamos aumentar cada vez mais. Inclusive preparar polpas de frutas e congelar”.


A oportunidade de crescer e atender mais famílias vulneráveis, expectativa do prefeito, já está no radar de Monique Martins, que calcula algo como 2.200 famílias atendidas diariamente pelo banco em futuro próximo. Estima-se quase 1.000 quilos de alimentos por dia que serão distribuídos.


Ao contrário do que muita gente pode pensar, o Banco de Alimentos oferece às famílias beneficiadas produtos de qualidade, em quantidade nutricional adequada e com diversidade, como conta Monique Martins.


“O banco não oferece apenas alface, tomate e cenoura. Não são somente bananas que estão machucadas. A gente oferece uva, morango, ameixa e pêssego. Todos os dias recebemos chuvas de depoimentos de pessoas que estão tendo a primeira experiência alimentar. Estamos transformando a alimentação dessas pessoas, e elas estão se sentindo mais dignas”.


Ao reconhecer que tudo isso só é possível porque tem gente trabalhando duro no campo, para produzir, Monique pediu aos participantes que, de pé, oferecessem uma salva de palmas aos pequenos produtores e agricultores familiares presentes. Eles, também, participantes ativos no seminário.

 

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