Por mais humanização e melhor acolhimento nos postos de saúde

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- Saúde Municipal promove capacitação para todos os servidores que atuam na Atenção Primária (porta de entrada da saúde pública)

- Objetivo é alinhar o trabalho dos servidores nos postos de saúde e realçar os processos de acolhimento dos usuários

Promover uma escuta mais qualificada, ou uma melhor escuta das necessidades dos usuários que procuram os postos de saúde, e fazer o melhor encaminhamento possível no atendimento às suas demandas. Foi com base nessas e outras necessidades identificadas que a Saúde Municipal capacitou (nos dias 19 e 20/10) mais de 300 servidores, ou 19 equipes que atuam nas unidades básicas de saúde.

A capacitação envolveu profissionais de medicina, enfermagem, auxiliares de enfermagem, dentistas, auxiliares odontológicos, agentes de saúde, pessoal administrativo e de serviços gerais.

Treinamento dividido em quatro turnos (manhã e tarde de quinta e sexta), para não paralisar as atividades nas unidades básicas de saúde e permitir que todos os que trabalham nessas UBSs pudessem participar.


O condutor dos trabalhos foi o dentista Luciano Arantes, que atua no PSF Novo Jardim e tem especialização, mestrado e doutorado em Saúde Pública e Gestão em Sistemas de Saúde.

EM DUAS ETAPAS


Primeiro Luciano Arantes ofereceu subsídios a fim de que os presentes fizessem uma reflexão sobre o “conhece a si mesmo”. E discorreu sobre os aspectos biológicos, psicológicos, sociais e espirituais que atuam sobre a vida diária de cada um e influenciam diretamente no desenvolvimento do trabalho.

“O pessoal da saúde tem de lidar com vários tipos de doenças, com diversos tipos de usuários/pacientes, com a chefia e com os colegas. E isso descarrega as baterias ao longo do dia”, explicou Luciano. “A gente cuida tanto das pessoas. Precisamos cuidar melhor de nós mesmos. Precisamos refletir sobre isso: a unidade de saúde é um local desgastante e a gente precisa estar bem, para nos doar, cuidar de quem nos procura”.

Procurar melhorar o estilo de vida (em casa, nos relacionamentos, na alimentação, na prática do esporte e do lazer, entre outros aspectos), saber ouvir (para transmitir esperança ao paciente), saber falar, com tom de voz mais amistoso (para resolver as demandas de quem procura a unidade), ter cuidado com os gestos (que podem impactar o outro e causar reações indesejadas), sorrir (para facilitar o acolhimento) e reduzir os erros ao máximo (espaço para errar na saúde é pequeno e, se errar, pedir desculpas, consertar o erro rapidamente) foram algumas das situações abordadas e alvos de reflexão.

“Porque a hora que a pessoa chega à unidade de saúde (com variados problemas), precisa ser acolhida. E muitas vezes, precisa do atendimento rápido e que resolva sua demanda”, explicou Luciano.


Durante a capacitação, o condutor mencionou os temperamentos dos seres humanos (colérico, sanguíneo, fleumático e melancólico), apontou características e analisou um por um (qualidades e defeitos, pontos fortes e fracos), exortou os presentes a “conhecer o seu próprio temperamento e identificar o do paciente/usuário que atendem)”.

Segundo Luciano, ao conhecer os temperamentos, o servidor pode compreender melhor os componentes da equipe de trabalho e melhorar o atendimento focado nas características do usuário que procura o posto de saúde ou nele faz algum tipo de tratamento. “Ajuda muito no acolhimento e no tratamento dos usuários”, resumiu.

HUMANIZAÇÃO DENTRO DA POLÍTICA DO SUS


O tema foi abordado numa segunda etapa da capacitação, após um breve intervalo. Reflexões foram desenvolvidas sobre perguntas como “o que é o acolhimento?”, “como você acolhe os usuários?”, “como trazer o usuário para perto de nós?”.

Acolhimento dentro da política nacional de humanização (Humaniza SUS), tipos de acolhimento, avaliações de risco (triagem para identificar – com base no fluxo – quem precisa ser atendido com mais urgência, baseado na fragilidade, na vulnerabilidade, no sofrimento físico e psíquico), público com atendimento prioritário, conforme a lei (idosos, gestantes, pessoas com todo tipo de deficiência, inclusive autistas, entre outros) e leitura de casos também fizeram parte da capacitação.


Indagado sobre os efeitos de uma capacitação sobre o comportamento dos servidores e o prazo de validade, Luciano Arantes afirmou que “essas intervenções trazem resultados no curto prazo (já que o assunto está fresquinho na cabeça dos participantes), e precisam de avaliações constantes pelas equipes. E os temas (acolhimento/humanização) precisam ser atualizados com mais frequência, conforme o tempo passa e novos desafios surjam”.

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