Gestão da logística reversa – cerca de 100 toneladas de pneus são removidas do Ecoponto da Apanor/Unaí, nesta semana (12 e 13 abr.)

logo pmu only


Toggle Bar

portal cidadao menu

acesso informacao minibanner

Pin It

A carreta do Gama (DF) estacionou em frente ao galpão na manhã desta quarta-feira (12/4), para buscar a carga de pneus inservíveis. Os carregadores logo iniciaram a preparação para a primeira carga: encher o baú com 150 pneus de caminhões e acomodar pneus menores em espaços sobrantes.
Acompanhando a operação, o diretor da Secretaria de Meio Ambiente, Laércio Caixeta, calculava entre 80 e 100 toneladas o monte de pneus que a empresa esperava carregar nesta quarta e quinta.


“Deve dar umas três ou quatro carretas cheias”, especulou Laércio, que pelo “olhômetro” – e com a experiência que vem acumulando desde o ano passado – já parece conseguir calcular peso e volume dos resíduos da logística reversa, mais particularmente pneus e vidros.


Os pneus recolhidos serão transportados até uma indústria no Gama (DF), onde são triturados e depois levados para fábricas de cimento da região. Vão virar pó e cinza em fornos com mais de 800 graus. Servirão para aquecer as caldeiras.


No ano passado, a indústria recolheu, no ecoponto da Apanor, 428 toneladas de pneus (a última leva seguiu em dezembro) e mais de 1 milhão de toneladas de vidro.


AGREGAR VALOR


Para valer a pena deslocar carretas até Unaí e compensar o frete, a indústria parceira precisa que se junte um grande volume de resíduo. “Praticamente uma carga superior a 30 toneladas de resíduos, para justificar a indústria vir buscar. A indústria só sai pra buscar, se tiver volume”, ressalta Laércio.


Unaí já vislumbrou a possibilidade de fazer a trituração dos pneus aqui mesmo, no galpão da Apanor, eliminar alguns elos da cadeia. Ao invés de mandar os “resíduos inteiros”, instalar máquinas e equipamentos dentro do próprio galpão e agregar valor ao produto, ampliar ganhos locais.


A iniciativa foi articulada com parceiros, que estão adquirindo as máquinas e equipamentos que deixarão os pneus “prontinhos” para uso na indústria. E, de quebra, o empreendimento terá potencial de gerar trabalho e renda para unaienses.


Estamos falando de apenas um (o pneu) dos 12 produtos da cadeia de logística reversa que Unaí, por meio da Apanor e parceiros, já começaram a gerir. Pelo trabalho desenvolvido e pelas parcerias firmadas, o Ecoponto em Unaí se tornou referência para outros 21 municípios da região.


Mas não é só isso: com o trabalho desenvolvido em parceria com órgãos públicos, com o Ministério Público, com as Secretarias de Meio Ambiente e Administrações Municipais, Associações de Municípios (Amnor) e Sebrae, a organização unaiense que trata da gestão dos resíduos sólidos virou referência nacional e modelo para cidades como Vitória (ES), Goiânia e Anápolis (GO), Uberaba (MG), entre outras.


CADEIA DO VIDRO


A cadeia do vidro gira mais rápido. Pega-se o consumo de garrafas de cerveja como exemplo. O indivíduo toma “caixas de cerveja” durante o ano, mas troca pouca – ou não troca – os pneus do carro. Só no galpão, acumula-se rapidamente umas 50 toneladas de vidro.


Como não tem valor de venda, o material é doado para a indústria de transformação, que fica com a incumbência de buscar no ecoponto.


Se o vidro – a maioria garrafas – estiver inteiro, a carreta leva 12 toneladas. Moído, operação que é feita no próprio galpão, a quantidade mínima transportada pode chegar às 50 toneladas. O material é destinado geralmente às indústrias do Rio de Janeiro e São Paulo.


Portanto, donos de bares, restaurantes, botecos e oficinas (onde trocam para-brisas) já têm o ponto de entrega em Unaí. A referência é a mesma para os consumidores finais que, se não puderem levar no Ecoponto, devem devolver as garrafas de vidro nos locais onde foram compradas. Nunca descartar no lixo.


FISCALIZAÇÃO


A maior parte dos comerciantes e empresários que lida com materiais da cadeia de logística reversa já tem ciência do Ecoponto unaiense (na BR-251), como espaço onde devem devolver o material que não pode ser descartado no lixo comum.


Para a renovação do alvará ambiental, as empresas/comércios têm de apresentar um plano de gestão de resíduos. E nesses alvarás, consta que serão feitas vistorias periódicas e, nas fiscalizações, serão exigidos os comprovantes de destinação final e correta dos resíduos.


Os primeiros e difíceis passos foram dados. Unaí já tem como receber tudo o que não é lixo comum para fazer a reciclagem ou a logística reversa.


Agora que já existe a política e o ponto de devolução dos resíduos, cabe ao governo, empresariado/comerciantes e população (consumidor final) darem as mãos e fazerem o que precisa ser feito.


O Meio Ambiente e a Saúde Pública agradecem.



pneuss ascom unai010

pneuss ascom unai001

pneuss ascom unai002

 

 

pneuss ascom unai003

pneuss ascom unai004

pneuss ascom unai005

pneuss ascom unai006

pneuss ascom unai007

pneuss ascom unai008

pneuss ascom unai009




top