Hospital Regional: Governo de Minas repassa R$ 3,5 milhões para projetos, e Unaí dá mais um passo rumo à obra

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O recurso estará na conta do município nesta sexta-feira (13/5), conforme foi anunciado pelo governador Romeu Zema, durante ato de assinatura do repasse ocorrido na Praça JK de Unaí, nessa quinta (12/5). O ato foi acompanhado (de perto) pelo prefeito José Gomes Branquinho, pelo secretário de Estado de Saúde e por deputados presentes. O "auditório" improvisado na praça também foi lotado por prefeitos da região, autoridades e lideranças políticas, empresariais, associativas e classistas.


Zema anunciou ainda o investimento de mais R$ 23 milhões para o SAMU regional, que inclui a aquisição de 30 ambulâncias, duas para Unaí, e um tomógrafo (para diagnóstico por imagem). O secretário de Estado da Saúde, Fábio Baccheretti, que integrava a comitiva governamental anunciou também investimentos do Estado em novos aparelhos de ultrassom e de raios-X para o Hospital Municipal de Unaí.


Em discurso, o prefeito Branquinho disse que o Hospital Regional é um sonho. "Ter uma estrutura hospitalar para cuidar da população de Unaí, para cuidar da população dos municípios vizinhos. Para não termos que mandar ambulâncias para São Sebastião do Paraíso, Montes Claros, Belo Horizonte, Uberlândia, Uberaba, Patos de Minas, Curvelo, em busca de assistência".


Branquinho reafirmou (o que vem falando desde que assumiu a prefeitura) que a região Noroeste de Minas é a única do Estado que não possui um hospital regional, com gestão estadual ou federal. Situação que impacta não somente a população que necessita da assistência, mas os cofres da Prefeitura de Unaí.


Em 2021, o município gastou R$ 55 milhões com o Hospital Municipal Doutor Joaquim Brochado, R$ 40 milhões dos quais somente com recursos "próprios" dos cofres da Prefeitura. "E a minha agonia é que não damos conta de atender da forma que a população de Unaí e do Noroeste precisa. Fazemos das tripas coração e mesmo assim não damos conta de fazer o melhor atendimento que a população busca aqui".


O prefeito lembrou que o Hospital Municipal funciona 24 horas por dia, sem parar (nunca fecha), com servidores se desdobrando, se superando para atender a população de Unaí e dos municípios vizinhos.


VAZIO ASSISTENCIAL


O governador Zema disse entender a agonia do prefeito e constatou a existência do que chamou de "vazio assistencial" da saúde no noroeste de Minas. Ele afirmou que esse "vazio" havia no passado, mas não agora, já que o Governo de Minas "está tomando todas as providências para que o vazio assistencial seja preenchido".


Em discurso, o secretário Fábio Baccheretti disse ter discutido com a secretária de Atenção Especializada do Ministério da Saúde, ontem (quarta, 11/5) em Brasília, sobre como as autoridades de Saúde abandonaram o Noroeste de Minas em governos anteriores. "Quando fui presidente da Fhemig (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), observei o quanto esta região era desintegrada e não tinha uma rede de saúde adequada".


Baccheretti disse acreditar que tão logo os projetos estejam prontos, o Governo de Minas assinará o novo convênio (o da obra de construção). O próprio governador lembrou que Unaí tem reservados, no Estado, R$ 40 milhões para a construção do Hospital Regional. O município fará um aporte de mais cerca de R$ 20 milhões na obra.


"E teremos esse novo hospital aqui na região. E vai fazer toda a diferença", observou o secretário. Enquanto o Hospital Regional não fica pronto, ele revelou que o Estado está adquirindo equipamentos para o Hospital Municipal, como novos aparelhos de raios-X e de ultrassonografia.


Para Zema, o anúncio da construção de uma nova estrutura para saúde de Unaí e região está dentro de um contexto que ofertará maior dignidade à população. Ele afirmou concordar com o prefeito Branquinho de que a população do noroeste precisa de um tratamento de saúde "mais adequado".


Zema também pediu desculpas "em nome de todos os governadores" que o antecederam e que deixaram o "vazio assistencial" em Unaí e na região, sobrecarregando a Prefeitura unaiense. "Mas nós vamos corrigir isso", salientou em discurso.


Branquinho, que ao longo do mandato de prefeito, tem aproveitado todos os microfones disponíveis nos mais diversos ambientes, para clamar pela necessidade da construção do Hospital Regional do Noroeste em Unaí, disse que precisava "ver (o convênio assinado) para crer (que agora vai)". O governador Zema - disse o prefeito de Unaí - já entendeu isso e está com boa vontade para nos ajudar.


CONTAGEM REGRESSIVA


Ainda em discurso, o prefeito Branquinho fez uns cálculos para início e término da obra do Hospital Regional, levando-se em conta o tempo da burocracia. "Estamos no mês de maio. O dinheiro entra na conta da Prefeitura amanhã (13/5). A partir de segunda-feira (16/5), podemos soltar o edital para licitar a contratação dos projetos arquitetônicos e complementares. É uma licitação de R$ 4 milhões, é claro que haverá muitos interesses. Se não houver recursos e impugnações (no processo licitatório), daqui a 60, 90 dias, estaremos contratando a empresa para fazer os projetos. Nosso edital está praticamente finalizado".


Os cálculos continuam: "todas as empresas que nos forneceram informações para elaboração do edital disseram que precisam de 365 dias para elaborar e aprovar os projetos. Isso quer dizer, governador Zema, que se tudo der certo, no final do ano que vem (2023), os projetos estarão prontos".


Aí, prossegue Branquinho, começa o processo licitatório para contratação da empresa construtora: "Uma obra de aproximadamente R$ 60 milhões, é claro que vai atrair muita concorrência. Se tudo der certo, e não tiver 'tropicão' nenhum, daremos início à obra do Hospital Regional em 2024, último ano da nossa gestão municipal".


E "tomara Deus", rogou o prefeito, que ele tenha a oportunidade de começar a construção e deixá-la num patamar tão avançado, que depois não tenham mais como voltar atrás, seja quem for o governante que estiver no poder.


Zema reconheceu a importância de Branquinho na luta incessante e na busca dessa conquista para Unaí e região. "Apesar de todas as dificuldades e de toda a burocracia, se Branquinho não inaugurar a obra do Hospital Regional como prefeito, vai inaugurar como grande patrono e patrocinador da obra. Tenho certeza".


PARA ALÉM DO PAPEL


O prefeito de Unaí afirmou ter esperanças de que agora a obra saia do papel e da promessa, visto que há um grande envolvimento de autoridades do Estado e da região empenhadas para que isso ocorra. Segundo ele, agora deve sair do papel, porque se fosse somente acreditar em papel, a obra já estaria concluída.


Ele explicou o porquê: o prefeito Branquinho afirmou estar pasmado diante de duas descobertas que tinham como alvo a construção de um hospital regional em Unaí há pelo menos 37 anos.


Uma resolução da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em 1985, durante a gestão do prefeito Adélio Martins, que destinava 40 milhões de cruzeiros para a construção. "Tudo feito no papel, morreu, nunca vimos um centavo, ficou por isso mesmo".


Em outra, a Assembleia Legislativa colocou em 2001 uma emenda no orçamento do Estado que destinava 2 milhões de reais para a construção do hospital em Unaí, sob a gestão do prefeito José Braz. "Nunca saiu um centavo (para Unaí), nunca andou uma vírgula".


"Agora estou vendo a causa palpável. Mas eu tenho de ver a coisa acontecer, eu tenho de ver o dinheiro, para acalmar o meu coração, a minha agonia. E isso está acontecendo", observou o prefeito de Unaí.

 

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