“Criança não tem de trabalhar, mas tem de ter obrigação”, ressalta prefeito

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O prefeito José Gomes Branquinho participou da abertura da 1ª Audiência Pública em Defesa das Ações Estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil em Unaí, ocorrida na tarde dessa terça (12/11), no plenário da Câmara Municipal. Em pronunciamento, ele disse concordar que crianças não devem trabalhar mesmo. "Mas devem ter obrigações e responsabilidade, sim", destacou. Para o prefeito, a criança pode aprender e ajudar pai, mãe e irmãos em algumas tarefas domésticas. "Qual o problema de tirar uma peça de roupa e colocar no cesto de roupas sujas? Qual o problema de pendurar uma toalha molhada? Qual o problema em ajudar a lavar ou secar algumas vasilhas?", questionou.

 

De acordo com Branquinho, não pode haver confusão em conceitos como trabalho infantil e orientação da criança para realizar algumas tarefas domésticas, que são importantes na formação pessoal e familiar. Quanto ao trabalho exercido por crianças, o prefeito disse ser terminantemente contra: "eu já vendi picolé quando era criança, esse tempo já acabou. Vamos parar com isso. Criança não tem de trabalhar. Lugar de criança é na escola".

 

Educação

 

Ao defender que crianças e adolescentes devem freqüentar escola, estudar, aprender, o prefeito lembrou que os órgãos públicos precisam atender bem as crianças, oferecendo proteção e cuidado. "Nada faz sentido, senão for para atender as pessoas, principalmente quando se trata de crianças, que são o nosso futuro".

 

Branquinho lembra que, no afã de atender as crianças, o transporte público escolar de Unaí percorre 12.500 quilômetros por dia, levando e trazendo professores e alunos pela imensa área rural do município. Os gastos diários da Prefeitura com o transporte escolar atingem R$ 40 mil por dia.

 

Incômodos

 

Durante seu pronunciamento, o prefeito disse que duas situações ainda o incomodam muito nas escolas rurais de Unaí: 1) horário de início das aulas, às 7h da manhã, 2) alunos descerem do veículo escolar para abrir e fechar colchetes e porteiras.

 

Para estar na escola às sete da manhã, explica Branquinho, muitos alunos de escolas rurais precisam levantar as quatro ou cinco da madrugada. "Isso não é hora de criança levantar, é hora de estar dormindo", assinalou o prefeito. Segundo ele, as aulas deveriam começar pelo menos às 8h nessas escolas.

 

Para amenizar um pouco a situação no meio rural, a Administração criou o Desjejum. Antes de entrar na sala de aula, a criança ou o adolescente passam na cantina e comem e bebem algo. "Para não assistir às aulas de estômago vazio, depois de terem viajado", justificou o prefeito. "Contudo, entendo que tínhamos de começar as aulas às oito horas", reiterou.

 

Para reduzir a quantidade de vezes que crianças ou adolescentes precisam descer do veículo para abrir porteiras ou colchetes, o prefeito disse que a Administração está acabando com mata-burros em vários pontos das vias rurais.

 

Enquanto a Administração Municipal busca alternativas para minimizar ou solucionar definitivamente problemas escolares, o prefeito disse "arrepiar os cabelos" quando ouve governantes proporem o fechamento de escolas. "Para com isso. Para com isso. Em vez de fechar escolas, deveriam instalar escolas de tempo integral".

 

Além do prefeito, a secretária municipal Cláudia de Oliveira (Desenvolvimento Social) e o vereador Professor Diego também deixaram seu recado público. Cláudia agradeceu a mobilização da equipe envolvida com o trabalho de proteção dos direitos da criança e do adolescente em Unaí e afirmou que crianças e adolescentes precisam de orientação, ordem e disciplina aprendidas em casa, no seio familiar, para utilizarem quando estiverem na fase de trabalhar.

 

E professor Diego se disse um defensor da causa da erradicação do trabalho infantil. "Onde a criança estiver sendo explorada, é preciso denunciar. E fazer com que os exploradores sejam punidos", ressaltou o vereador, reconhecendo o papel primordial da sociedade nessa ação. Presente também o vereador Tião do Rodo, que propôs transformar o 12 de junho em Dia Municipal contra o Trabalho Infantil.

 

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