Unaí promove a 5ª Conferência Municipal de Saúde

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Com o tema "Direito, conquistas e defesa de um SUS público e de qualidade", Unaí promoveu, nesta terça-feira (9/5), a 5ª Conferência Municipal de Saúde. O evento é uma promoção do Conselho Municipal de Saúde e da Secretaria da Saúde de Unaí, cujo objetivo é debater o sistema e colher propostas para o aperfeiçoamento da gestão da saúde unaiense. O palestrante do dia foi o médico pediatra Claudney Luiz da Costa, que abordou variados ângulos do tema principal da conferência.

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Antes da palestra, porém, houve a abertura oficial do evento. Falaram o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Verceli Vicente do Amaral; a secretária municipal de saúde, Denise Aparecida de Oliveira; o presidente da Câmara Municipal, vereador Alino Coelho; o diretor da Gerência Regional de Saúde (GRS), Luiz Araújo Ferreira; a promotora de justiça de defesa da saúde, Carolina Frare Lameirinha; e o prefeito José Gomes Branquinho.

 

A Conferência de Saúde foi prestigiada por representantes do poder público e da sociedade organizada, que lotaram o auditório da Câmara Municipal.

 

Dificuldade de acesso

 

Antes de declarar aberta a 5ª Conferência Municipal de Saúde de Unaí, o presidente do Conselho Municipal de Saúde, Verceli do Amaral, disse que o maior problema do SUS (Sistema Único de Saúde) é a dificuldade de acesso. Ele chamou atenção também para a falta de médicos e outros profissionais de saúde para atendimento nos pequenos municípios e em áreas de difícil acesso e ainda para a falta de medicamentos básicos no serviço de saúde.

 

"O tema a ser abordado na conferência não só confirmará nossos anseios e necessidades, como norteará nossos trabalhos e lutas, apontando caminhos para um sistema de saúde de qualidade para todos", ressaltou Verceli.

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Correção de rumos

 

Para a secretária Denise de Oliveira, o momento da conferência seria uma oportunidade para acertar os rumos e corrigir as falhas do sistema. "Todos os debates e reflexões que ocorrerem aqui hoje servirão de base para construção de uma saúde coletiva. O relatório que sair daqui hoje será realmente usado como instrumento orientador da gestão", destacou Denise, exortando os presentes a aproveitar bastante o momento, já que outra conferência municipal de saúde só ocorrerá daqui a quatro anos.

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Acolhida

 

O presidente da Câmara Municipal, vereador Alino Coelho, afirmou acreditar no potencial das pessoas que trabalham no sistema de saúde unaiense. Ele destacou a presença fundamental de um membro do Ministério Público no evento e desejou um bom trabalho a todos.

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Dupla missão

 

Por se tratar de município polo para a saúde, Unaí atende outros 11 municípios do Noroeste de Minas. Essa situação faz com que Unaí tenha dupla missão: conseguir garantir o atendimento da população municipal e ainda assegurar o atendimento dos vizinhos. "Isso aumenta a responsabilidade de Unaí: pensar regionalmente", disse o diretor da GRS Unaí, Luiz Araújo.

 

Ele reconheceu que essa dupla missão é um desafio, num momento de crise política, econômico-financeira e institucional que acomete todo o país e impacta diretamente o SUS.

 

Para Luiz Araújo, o momento é de construção de parcerias (Prefeitura, Câmara Municipal, sociedade e Ministério Público) e criatividade na busca de avanços para o sistema. E, na sua opinião, o Ministério Público é "extremamente importante" nessa busca de soluções.

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Soberania popular

 

A promotora de justiça Carolina Lameirinha, responsável pela curadoria da saúde no âmbito do Ministério Público, afirmou que está em Unaí há três meses e disse que esse pouco tempo de atuação foi suficiente para perceber que o MP precisa auxiliar o município na formulação de uma política pública para o enfrentamento às drogas (no que tange ao usuário). A promotora afirmou que "esse problema tem assolado muitas famílias em Unaí".

 

Em sua fala de abertura, ela convidou os presentes para uma breve reflexão sobre o tema da conferência, focando três palavras: direito, conquistas e defesa.

 

A promotora disse que a conferência seria um bom momento para discutir os direitos e os instrumentos que a sociedade tem à disposição para concretizar esses direitos.

 

"Ao final do dia, sairemos daqui com sugestões para melhorias na saúde. A participação popular (em conferências como esta) é um exercício de poder do povo, de soberania popular", finalizou a promotora.

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Parceria privada para desafogar o sistema

 

O prefeito Branquinho foi curto e grosso em sintetizar seu pronunciamento: "o sistema público só será melhorado se o sistema privado entrar no processo".

 

Segundo o prefeito, proteger o SUS hoje é buscar a parceria administrativa privada. "É cobrar dos planos de saúde que sejam mais eficientes", enfatizou.

 

Aproveitar a oportunidade de investimento nessa grande "indústria da Saúde" é uma chance de ouro para o empresariado unaiense, na opinião de Branquinho. "Imaginem nossos hospitais funcionando a todo vapor, nossos laboratórios, centros de imagem. Não existem aparelhos de ressonância magnética na cidade. Imaginem todos os hospitais conveniados. O sistema estaria mais avançado".

 

Uma das saídas para "desafogar o serviço de saúde municipal", segundo o prefeito, tem a ver com hospitais particulares firmando convênios com o Ipsemg, com a Polícia Militar, o Poder Judiciário, a Capul, e outros clientes potenciais que existem na cidade.

 

"Eu vi um quadro na parede de um hospital em Patos de Minas onde eu contei 42 convênios. Isso desafoga o sistema público municipal", avaliou o prefeito. Segundo ele, para melhorar o sistema de saúde em Unaí, é necessário o comprometimento do governo federal, do governo de Minas Gerais e, principalmente, do sistema privado de saúde.

 

Dos cerca de 180 partos feitos por mês no hospital municipal, disse Branquinho, mais da metade são das cidades vizinhas. Ele citou ainda os serviços de hemodiálise: dos 90 pacientes atendidos, somente 30 são de Unaí. Os outros 60 vêm de cidades vizinhas.

 

Branquinho convidou a qualquer interessado que quisesse ir ao Hospital Municipal naquele momento, para constatar a presença de pelo menos 50 pessoas internadas. No mesmo momento, assinalou, os hospitais particulares deveriam estar com a maior parte dos leitos desocupados.

 

Esses e outros assuntos, o prefeito disse que gostaria que fossem discutidos durante a conferência. "Tomara que daqui a quatro anos tenhamos corrigido algumas coisas que estamos discutindo aqui hoje".

 

A conferência continuaria por todo o dia, com final previsto para as 17 horas.

 

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