Quadro de obstetras do Hospital Municipal (agora) está completo

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A contratação de mais dois médicos obstetras para o Hospital Municipal Dr. Joaquim Brochado (HMU) completa o quadro de profissionais para os plantões de 24 horas. Há seis anos, o hospital vem operando com seis obstetras, quando precisaria de, no mínimo sete, para cobrir todos os plantões. A falta dos profissionais fazia com que o Hospital Municipal encaminhasse pacientes para ter bebês em Brasília. Com o quadro completo de obstetras (agora são oito), os cerca de 150 partos mensais (em média) podem ser feitos no próprio HMU. Além de Unaí, mulheres de outros 10 municípios da região são atendidas pelo hospital unaiense, conforme pactuação estabelecida pelo SUS. O obstetra é o médico que cuida da paciente nos períodos de gestação, parto e puerpério (pós-parto).

Com a contratação de mais dois médicos obstetras, não haverá mais plantões "vazios", segundo informa o coordenador da Maternidade do HMU, ginecologista e obstetra Juraci Moreira. Considerando os períodos de férias e atestados dos médicos, às vezes havia em um único mês de 4 a 6 plantões vazios (sem obstetras) no hospital.

A dificuldade na contratação desses especialistas, segundo o coordenador, se deve a dois fatores: o valor salarial e os processos judiciais a que os médicos dessa especialidade são submetidos. "Acontece de haver perdas de bebês durante o trabalho de parto, mesmo com todos os cuidados observados pelo médico. Em alguns casos, isso gera processos na Justiça, e aí os profissionais se desinteressam pela especialidade e fica difícil contratar", explica.

Um esforço conjunto entre gestores da Secretaria Municipal de Saúde e do Hospital Municipal resultou na contratação de uma médica em Paracatu e de um médico em Uberlândia, que se revezarão nos plantões de fim de semana no HMU. Durante a semana, também estão assegurados os plantões de 24 horas (plantão cheio).

Pacientes terão bebês em Unaí

Agora, não haverá mais necessidade de pacientes serem encaminhadas a Brasília para terem seus bebês. Com as novas contratações no HMU, a cobertura de plantões se torna "suficiente" para a demanda unaiense.

Juraci Moreira explica: "Essa situação vem se arrastando faz algum tempo. A paciente vinha ganhar o bebê no Hospital Municipal, mas não havia obstetra. Aí os clínicos encaminhavam para Brasília. Há casos em que o bebê nascia no meio do caminho. Às vezes, a paciente chegava em Brasília e era mandada de um lado para o outro. Em situação de muito desconforto. Acontecia com freqüência".

O HMU encaminhará a Brasília, de agora em diante, somente os casos considerados "de alto risco" pelos médicos, ou seja, os casos mais graves que demandam os serviços de uma UTI neonatal, como partos complicados, bebês prematuros ou com restrição de crescimento e outras situações que o médico encaminhará, conforme a necessidade de momento.

Normal ou cesárea?

Dos 150 partos mensais, em média, ocorridos no HMU de Unaí, 50% são decorrentes de operações cesarianas. Um índice considerado alto pelo médico Juraci Moreira. O índice de cesáreas considerado normal, segundo ele, gira em torno de 30%.

Ele esclarece, no entanto, que antes do parto, os médicos avaliam caso a caso. Há preferência pelo parto normal. Porém, conforme explica, o obstetra opta pela operação cesariana em situações como pré-natal de alto risco, dilatação insuficiente do canal para passagem do bebê, risco de morte da mãe ou do bebê, entre outras emergências surgidas e avaliadas no momento.

 

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