Leishmaniose canina: Município aguarda Estado enviar kits reagentes para novos testes

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Emagrecimento exacerbado, crescimento exagerado das unhas, formação de crostas na pele, queda de pelos, aparecimento de feridas na orelha e em volta (dos olhos, do nariz e da boca) são sinais aparentes de que o cão possa estar acometido de leishmaniose, cujo protozoário é transmitido pela picada do mosquito palha (flebótomo). Mas a presença da leishmaniose canina deve ser confirmada depois da realização do teste rápido (triagem) e do teste sorológico (Elisa), para ratificação. Os kits com reagentes para o teste sorológico (confirmatório), no entanto, estão em falta (desde dezembro), já que o Estado não tem repassado o material para o Laboratório Municipal. E ainda não há previsão para a chegada dos reagentes.

 

De acordo com a médica veterinária Juliene Dias Michelin, que atende o Centro de Controle de Zoonoses de Unaí (CCZ), a situação obriga o município a usar o bom senso em lugar do teste, para minimizar os efeitos da falta dos reagentes, até a situação se normalizar. "Bom senso" para o caso (até o Estado normalizar as entregas), segundo a veterinária, significa recolher (somente) os animais que apresentam sintomatologia que não deixa dúvidas quanto à presença da doença. "Só estamos recolhendo para teste de triagem os animais que apresentam um conjunto de sintomas perfeitos indicadores da leishmaniose. Recolhemos quando eles chegam muito ruins, até para diminuir o sofrimentos deles".

 

Relatos da médica veterinária dão conta de que, ao perceber que o cão está muito doente, os próprios donos, ou tutores, entregam o animal ao CCZ. Ela assinala, no entanto, que o município só pode recolher os cães com leishmaniose, porque é obrigação legal da Administração Pública proceder à eutanásia (sacrifício do cão), conforme determinação do regramento sanitário. Para outras doenças, o tutor deve procurar clínicas particulares. "O kit de reagentes está em falta desde dezembro. Em abril, conseguimos os resultados das amostras colhidas em novembro e dezembro, que foram enviados para a Funed (laboratório de referência do Estado). Com a chegada dos resultados, recolhemos os cães que deram positivo", contou a veterinária.

 

Juliene explica que, em casos de cães com leishmaniose, o Ministério da Saúde preconiza a eutanásia do animal, para evitar que os humanos sejam infectados, e o caso se torne problema de saúde pública. Na cidade, o cão é o principal hospedeiro do protozoário parasita "Leishmania". A transmissão se dá quando o mosquito palha (flebótomo) pica o cão infectado, adquire o parasita, e depois pica o ser humano transmitindo-lhe o protozoário, estabelecendo um ciclo.

 

Eutanásia

 

O procedimento da eutanásia é feito no CCZ pela própria médica veterinária. É aplicada anestesia geral no cão, deixando-o inconsciente e sem dor, e logo depois ocorre a aplicação de uma injeção de cloreto de potássio, para provocar parada cardiorrespiratória.

 

O tutor tem duas opções para decidir a destinação do cadáver do animal: ou ele doa para uma das escolas de veterinária da cidade (Facisa ou UFVJM), onde será objeto de estudos, ou deixa no próprio CCZ, onde existe uma fossa séptica para receber o cadáver.

 

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