RETROSPECTIVA – SAÚDE 2017/2018

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 Nem bem este repórter acionou o gravador, a secretária Denise de Oliveira foi logo anunciando que a Secretaria de Saúde abriu duas novas unidades de PSF: mais uma no Politécnica e outra no Cachoeira. Ela assinalou que no Cachoeira havia um "antigo" posto de saúde, mas sem o acompanhamento da equipe que compõe a estratégia de saúde da família. A instalação dessas duas unidades aumentou de 46% para 50% a cobertura de PSFs na cidade.

Denise explica que a intenção da Administração Municipal é aumentar essa cobertura, que será possível após a realização de concurso público (previsto para 2019) para contratação de profissionais que formarão as equipes de saúde da família. "Só mediante concurso público, por isso ainda não aumentamos as equipes".

 

Policlínica

 

A secretária de Saúde lembra que a mudança da Policlínica, numa estrutura acanhada da rua Prefeito João Costa (próximo à Primavia), para uma estrutura ampla na avenida Castelo Branco, perto do Pronto Socorro, ampliou a oferta de consultas. O novo espaço comporta dez consultórios médicos, equipados com aparelho de ar condicionado e que oferece mais privacidade para profissionais e pacientes. O espaço permitiu até a inclusão de outras especialidades médicas, como gastroenterologia e vascular. A sala de espera dos pacientes também é mais ampla e oferece mais conforto para a população, com ar condicionado e televisão.

 

Normalmente, o paciente chega à Policlínica depois de passar pelo atendimento básico (PSF) e pela Central de Regulação de Saúde, onde são marcadas a consultas especializadas. Para a parte da população que ainda não tem cobertura de PSF, a Policlínica funciona como unidade de referência. O médico especialista deve ser procurado na Policlínica e não no Pronto-Socorro do Hospital Municipal, que funciona no atendimento de urgências e emergências.

 

Aluguéis

 

Denise lembra que, ao assumir, a Administração Municipal procurou reduzir gastos com aluguel e racionalizar a utilização dos espaços disponíveis. Ela citou o exemplo da Central de Regulação, que saiu de um aluguel de R$ 8,7 mil na avenida Governador Valadares para um de R$ 3,5 mil na rua Aldeia. A secretária afirma que o espaço é menor, mas menciona que não houve perda de qualidade na prestação do serviço. "Hoje, não há mais fila na Central e houve aumento de oferta de consultas", constata.

 

A Secretaria de Saúde devolveu também o imóvel onde funcionava o setor de oftalmologia, o do transporte hospitalar (ou setor de ambulâncias) e do almoxarifado da Sesau. Foram transferidos para junto da Policlínica. O setor de Vigilância Sanitária também já está funcionando em novo endereço. Com aluguel mais em conta, ocupa um imóvel na rua Alba Gonzaga.

 

O Serviço de Atendimento Médico Especializado (Same) passou a ocupar um novo imóvel. Funciona num espaço menor, com aluguel mais em conta, mas não perdeu a eficiência na prestação do serviço. Ao contrário, melhorou, já que na esteira das mudanças contratou uma médica infectologista. O Same é referência para o atendimento de pessoas acometidas por doenças infectocontagiosas, entre as quais HIV/aids, doenças sexualmente-transmissíveis (DSTs), hanseníase, leishmaniose, tuberculose, toxoplasmose, Chagas, hepatites.

 

Cirurgias programadas

 

A contratação de empresa para gerir os profissionais de saúde resultou em muitas melhorias especialmente na área hospitalar e na oferta de medicina especializada, segundo Denise de Oliveira. Um dos exemplos mais observados, ela menciona, foi o aumento expressivo no número de cirurgias eletivas (programadas). Nunca o município havia feito tantas cirurgias programadas como em setembro e outubro de 2018.

 

A contratação da empresa gestora também ajudou a organizar as escalas de plantões no Hospital Municipal. Não havia médico ortopedista todos os dias. Hoje tem. Antes, tinha pediatra apenas duas vezes por semana. Hoje tem a semana inteira. No Pronto-Socorro do Hospital Municipal há sempre um cirurgião e um anestesista de plantão.

 

A gestão "terceirizada" de médicos regularizou o trabalho no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) que hoje possui dois psiquiatras e funciona regularmente. O Caps atende portadores de transtornos mentais graves e persistentes.

 

Também foram colocados mais profissionais atendendo pelo Núcleo de Apoio à Saúde da Família (Nasf), que passou a contar com pediatra, ginecologista e obstetra. Esses profissionais do Nasf dão apoio principalmente aos PSFs do Caic, do Politécnica e do Canabrava, unidades mais estruturadas que atendem número maior de pessoas. O objetivo é expandir o serviço para os outros PSFs.

 

Mutirões de cirurgias de catarata e de exames de ultrassom foram contratados para reduzir o gargalo da fila de espera. Novos mutirões serão contratados em breve. O Hospital Santa Mônica também foi contratado para auxiliar nas cirurgias de adenóide. Foram mais de 100 pessoas contempladas. Uma fila aguardava desde 2015/2016. Denise admite que ainda há filas de espera para algumas cirurgias específicas, mas reconhece que o município vem se preparando para a execução.

 

Zona rural

 

Semanalmente, um médico se desloca até distritos e povoados para atendimento à população local. O atendimento é feito na unidade de saúde (só Boa Vista e Garapuava possuem postinhos) ou na sede da associação comunitária, que dá o apoio. O posto de Boa Vista passou por reforma recentemente. E o de Garapuava está sendo reformado em novo imóvel. Cada um possui duas agentes comunitárias de saúde.

 

Quando não está na zona rural, o médico atende pelo Pacs, que funciona no mesmo endereço do Same, em sala contígua na avenida Governador Valadares, 2.356, no Divineia. Nesse endereço, o médico atende somente os moradores da zona rural que procuram o serviço do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (Pacs Rural) diretamente na cidade.

 

Já os setores de chácaras mais distantes recebem médicos, por escala, para atendimentos de pacientes nas associações comunitárias locais. A mobilização é feita por agentes comunitários de saúde ou pela própria diretoria da associação.

 

Transporte

 

Ambulâncias antigas foram substituídas por frota composta por veículos zero quilômetro. Aquisição feita com recursos próprios do município, via emenda de vereadores ao orçamento. Foram adquiridas oito ambulâncias, ao custo de R$ 73,5 mil cada.

 

Para garantir ao usuário um pouco mais de segurança e conforto, a Prefeitura substituiu o ônibus que transporta quem precisa fazer consulta médica em Brasília. Depois de terceirizar o serviço, a empresa contratada oferece o ônibus e o motorista. Esse ônibus sai diariamente de Unaí, às 4h da madrugada, e retorna de Brasília, às 16h. Água e biscoito são oferecidos para os passageiros.

 

"Esse ônibus vai cheio. Tem dia que precisa de reforço", a secretária explica. Segundo ela, para pegar o ônibus, o morador de Unaí precisa comprovar a consulta em Brasília naquele dia.

 

Humanização no HMU

 

Denise de Oliveira lembra que um grupo de voluntários está realizando "trabalho excepcional" no acolhimento de pacientes e de servidores do Hospital Municipal Dr. Joaquim Brochado (HMU).

 

A primeira atividade da Associação de Voluntários do HMU foi fotografar cada bebê que nasce e ofertar à mãe, com nome, peso, altura e outros dados do recém-nascido.

 

No trabalho de humanização desenvolvido, os voluntários festejam (com os servidores e pacientes) as principais datas comemorativas do ano: Natal, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia das Crianças, Dia dos Servidores Públicos, enfim. "Quem entra no hospital hoje, percebe logo a diferença do ambiente", comemora Denise.

 

Segundo ela, o ambiente do hospital está mais agradável, com corredores mais claros e bonitos. "O espaço mais belo reduz o estresse e melhora o bem-estar", observa, acrescentando que esse trabalho tem feito grande diferença na geração de valores humanos para profissionais e pacientes.

 

Outra ação digna de nota, segundo Denise, foi a inauguração do espaço de convivência no fundo do hospital, ocorrida agora em dezembro. Onde havia um terreno vazio, a associação de voluntários fez um belo serviço de jardinagem, um espaço para "relaxamento e descompressão", muito útil num ambiente hospitalar.

 

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