Setembro Amarelo: Unaí fará atividades para estimular a prevenção ao suicídio e a valorização da vida

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Uma pessoa se mata a cada 45 minutos no Brasil. Transtornos mentais como depressão, ansiedade ou esquizofrenia estão entre as principais causas, assim como o abuso de álcool e drogas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 90% dessas mortes poderiam ser evitadas. Com o objetivo de alertar a população sobre essa realidade, a campanha Setembro Amarelo promove ações de prevenção em todo o país. Em Unaí, a PMU – por meio do Centro de Atenção Psicossocial – programou (para setembro) encontros, palestras, pedaladas e caminhadas pela vida. O Caps é o órgão da Secretaria Municipal de Saúde que cuida da saúde mental.

 

Todas as atividades programadas pelo Caps Unaí para o Setembro Amarelo objetivam sensibilizar a sociedade unaiense para a necessidade de falar sobre o suicídio, romper o tabu de que o assunto deva ser silenciado. É preciso falar sobre o suicídio, apontar suas causas e orientar como a pessoa com transtorno mental deve ser encaminhada para tratamento.

 

Registros oficiais apontam cinco suicídios ocorridos em Unaí nos últimos doze meses. Em razão de a sociedade tratar o assunto como tabu, acredita-se que até os registros oficiais de suicídios sinalizam para uma subnotificação. Em vários casos nos registros oficiais brasileiros não está claro que o suicídio provocou a morte da vítima. Os números oficiais de suicídios no Brasil podem ser ainda maiores.

 

Para reverter essa chaga de saúde pública, é preciso que as pessoas conheçam o funcionamento do Centro de Atenção Psicossocial. Em Unaí, o Caps funciona na avenida Transamazônica, 395, Divineia, e conta com uma equipe técnica multidisciplinar para o atendimento em saúde mental. Ter esse conhecimento e agir, de acordo com as autoridades de saúde, é uma forma de ajudar na prevenção ao suicídio, desde que haja o encaminhamento (e tratamento) correto do paciente em tempo hábil.

 

Programação

 

As atividades do Setembro Amarelo em Unaí vão começar durante o Desfile da Independência. A Secretaria de Saúde estará com estande na avenida Governador Valadares no 7 de Setembro, para começar a divulgar as ações de prevenção ao suicídio. Um bloco de pacientes atendidos pelo Caps, com alguns familiares e amigos, vai desfilar na avenida e divulgar a saúde mental.

 

Nos dias 18 e 20 de setembro, o Caps fará palestras para profissionais da Penitenciária Agostinho de Oliveira Júnior (Paoj) e para policiais militares, respectivamente. A coordenadora do Caps, Karita de Oliveira, ressalta que levantamentos apontam essas categorias com alto risco para desenvolver transtornos mentais, em razão da pressão e do estresse verificados no dia a dia de trabalho.

 

Para o dia 23, está prevista a ação "Pedal pela Valorização da Vida", de mobilização de ciclistas para sensibilização da comunidade sobre o tema. No dia 26, um palestrante do Centro de Valorização da Vida (CVV), de Brasília, estará em Unaí para divulgar o trabalho da entidade e como as pessoas podem se beneficiar do serviço. Para finalizar as ações do Setembro Amarelo, Unaí fará uma grande mobilização no dia 29, com a "Caminhada pela Valorização da Vida".

 

Transtornos mentais

 

Para Karita, não há dúvida de que a maioria dos casos de suicídio tem como fator predisponente o transtorno mental grave. A depressão é a principal causa de suicídios. Quadros de esquizofrenia e transtorno bipolar, com sintomas de alucinação e delírios, também são gatilhos que levam ao suicídio.

 

Para identificar um quadro de transtorno mental grave, a coordenadora chama a atenção para um alto grau de incapacitação da vítima. "A pessoa entra em estado de isolamento social, sofre de insônia, deixa de realizar cuidados básicos de higiene, de alimentação, não consegue estudar, trabalhar e fazer outras atividades normais do dia a dia".

 

No transtorno mental leve, explica Karita, mesmo diante de um quadro de sofrimento psíquico, a pessoa consegue realizar a rotina dela: continua trabalhando, continua mantendo o vínculo familiar. A coordenadora destaca:  "o transtorno leve é um sofrimento que atrapalha, mas não incapacita".

 

Nos casos mais graves de transtorno mental, passíveis de provocar o suicídio, a família é parte essencial para atuar na prevenção. O encaminhamento da "vítima" para o tratamento deve partir da família, pois sozinha dificilmente a pessoa chegará ao Caps. "É muito difícil uma pessoa com transtorno mental grave procurar ajuda por si mesma. Tem muita resistência. Ela não aceita que tem a doença", observa Karita.

 

O Centro de Atenção Psicossocial possui equipe especializada com um médico psiquiatra, um especialista em saúde mental, psicólogo, enfermeira, assistente social, enfim, uma equipe preparada para acolher e tratar o paciente. O Caps é a referência em saúde pública para o atendimento de quadros de transtorno mental grave e persistente.

 

O Caps de Unaí atende um público flutuante de 900 pessoas, com viés de ampliação. Os pacientes passam por triagem e são classificados conforme sintomas apresentados. Os acompanhamentos são feitos com administração de medicamentos, oficinas de reabilitação, atendimento de grupos e atividades terapêuticas.

 

O Centro de Atenção Psicossocial (Caps Unaí) funciona na avenida Transamazônica, 395, bairro Divineia. O telefone é o 3677-2741.

 

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O Caps Unaí funciona na avenida Transamazônica, 395, bairro Divineia; 
o telefone é o 3677-2741




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