Branquinho durante encontro da Amnor: “Noroeste tem mais uma perda na saúde”

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O prefeito de Unaí, José Gomes Branquinho, afirmou durante a abertura do II Encontro dos Gestores do Noroeste (nessa terça - 15/8) que o Hospital Vera Cruz , de Patos de Minas, não é mais referência cardiológica para a macrorregião de saúde. De acordo com ele, medida de governo estabelece que a referência cardiológica passa a ser Montes Claros (no norte de Minas – distante 600 km de Unaí) ou Passos (no sul de Minas – distante cerca de 800 km de Unaí).

 

Durante o evento, que reuniu prefeitos, vereadores e promotores de Justiça da região, Branquinho pediu um "parêntese" para falar da situação "séria e gravíssima" da saúde pública no noroeste (em geral) e Unaí (em particular).

 

"O noroeste é a única região de Minas que não possui hospital regional, administrado pelo Estado, e nem hospital filantrópico, que recebe recursos do Estado", ressaltou Branquinho, pedindo desculpas por estar sendo repetitivo. Ele, porém, justificou: "eu prometi que toda vez que falasse em público, citaria o problema de saúde que aflige a nossa cidade".

 

Os três hospitais públicos que existem no noroeste (Unaí, Paracatu e João Pinheiro) são municipais, portanto as prefeituras pagam a conta. "As prefeituras, praticamente sozinhas, estão sendo obrigadas a arcar com os custos da saúde pública", desabafou Branquinho, ao explicar que em Unaí a situação é ainda mais grave, já que o município arca com 80% do percentual de tudo que é gasto com a saúde pública. Na despesa geral, o Estado entra com 7% e a União, com 13%.

 

"Isso está errado. Os municípios são os primos pobres da federação. Não podem bancar essa conta", salientou, observando que somente a folha de pagamento dos servidores da saúde consome mais da metade da folha geral dos servidores da prefeitura. "Estamos tirando dinheiro de outras áreas para custear a saúde. Estamos tendo de bancar a parte que cabe ao governo do Estado e ao governo federal. Essa é a triste realidade do noroeste".

 

O procurador de Justiça de Minas Gerais Nardens Ulisses Freire Vieira, presente ao evento que envolvia a apresentação de projetos do Ministério Público, disse entender o desabafo do prefeito de Unaí e que admirava os agentes públicos que têm coragem para assumir uma prefeitura na atualidade, com todas as dificuldades recorrentes. "Isso porque os recursos públicos são poucos e concentrados na União. Paralelamente a isso, o cidadão vive no município, onde cobra diretamente do prefeito e dos vereadores, porque o acesso é fácil".

 

Após ouvir o desabafo de José Gomes Branquinho, o presidente da Amnor, Edgar José de Lima, que é prefeito de Guarda-Mor, disse entender a aflição do gestor unaiense e afirmou que a Amnor se coloca na condição de parceira do Município de Unaí, a fim de buscar uma solução conjunta para as dificuldades que envolvem a saúde pública regional.

 

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O desabafo do prefeito Branquinho foi acompanhado atentamente pelos integrantes da mesa
de autoridades, bem como por prefeitos, vereadores e promotores de Justiça presentes



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