Resíduo “jogado” na Serra do Taquaril é causa da maioria de focos de incêndio

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Ao andar pela Serra do Taquaril nesta época do ano, é comum observar a grande quantidade de "lixo" que frequentadores ou visitantes deixam por lá. Latinhas, garrafas de cerveja, sacolas plásticas, papel, garrafas peti, preservativos masculinos, guimbas de cigarro estão entre os materiais mais comuns descartados na serra. Ficam facilmente visíveis quando a cobertura vegetal está destruída pelo fogo. E esse "resíduo" é o responsável pela maioria dos focos de incêndio que degradam a serra, especialmente nos meses de agosto, setembro e outubro (até o início das chuvas). Para estudar essa degradação ambiental, bem como observar outros aspectos do ecossistema Serra do Taquaril, dentro do bioma Cerrado, acadêmicos da Unimontes e alunos da Escola Estadual Tancredo Neves fizeram uma visita técnica à serra, nessa quarta-feira (11/9). Servidores da Secretaria Municipal do Meio Ambiente também estiveram no local, para dar apoio aos visitantes e ajudar na atividade de recolhimento de resíduos. A secretaria apoia as atividades relativas à educação ambiental, ao gerenciamento de resíduos sólidos, à preservação do meio ambiente.

 

A visita técnica é uma das atividades de extensão dos acadêmicos do curso de Biologia e da Residência Pedagógica da Unimontes. Essa visita é complemento de um trabalho que começou nas salas de aula com os alunos da Escola Estadual Tancredo Neves. Os extensionistas da universidade orientam os alunos do ensino médio sobre a identificação da morfologia das plantas, tipo de fauna e flora, classificação de relevo, condições de preservação e degradação do ecossistema, presença de erosões, além da invasão (pela construção civil) de áreas remanescentes de loteamentos e de áreas verdes. Como é época de queimadas, temas como clima de cerrado, umidade muito baixa, forte calor e vegetação seca também são objeto de abordagens, inclusive para discutir a grande causa dos incêndios na serra.

 

Foi opinião unânime entre professores e acadêmicos que os focos de incêndio na Serra do Taquaril são causados principalmente pelo "lixo descartado" ou restos de resíduos deixados no local. Sol escaldante, forte calor, baixa umidade do ar e vegetação seca constituem o conjunto ideal para facilitar a formação do fogo. A fagulha é garantida pela incidência direta da luz do sol sobre garrafas de vidro, garrafas peti, e refletida na vegetação seca. A maior parte das queimadas deriva dessa situação.

 

A queimada criminosa (em que a pessoa assume o risco de praticar o crime), porém, não está descartada pelos técnicos presentes. Para reforçar a hipótese do envolvimento humano nas duas vertentes, é possível observar milhares de guimbas de cigarro descartadas no local. Se uma bituca, ainda acesa, é decartada sem os devidos cuidados e entra em contato com a mata seca, a combustão pode ocorrer em poucos minutos, atingindo rapidamente porções expressivas de cobertura vegetal. Além da destruição de fauna e flora do ecossistema, a população sofre com a grande quantidade de fumaça e a fuligem que atingem principalmente os bairros vizinhos.

 

Área de preservação

 

Checamos o assunto com a secretária municipal de Meio Ambiente, para sabermos o que o poder público municipal pode fazer para conter os incêndios e atuar mais diretamente na preservação da serra, um dos mais significativos pontos turísticos da cidade e relevante ecossistema a ser conservado.

 

Para Cátia Regina, a resposta veio do Ministério Público, que propôs transformar a Serra do Taquaril em Área de Preservação Permanente (APP). Ela explica que a transformação da serra em APP implica, antes, a construção de um plano de manejo, o serviço de topografia e a conscientização da sociedade sobre a nova condição da serra. O controle será da Prefeitura, com apoio da sociedade civil (igrejas, cooperativas, associações, clubes de serviço, organizações não governamentais, entre outros segmentos).

 

A medida visa proteger a serra, não apenas prevenindo os incêndios (cuja causa tem relação humana), mas também contendo a invasão do local por empreendimentos imobiliários e pela construção civil. Uma das possibilidades mencionadas, depois de transformada em APP, é cercar os limites da serra com alambrado, a fim de evitar invasões e fazer aceiros, para impedir a propagação dos incêndios. A transformação da serra em APP permitirá à fiscalização ambiental do município agir com maior efetividade para garantir a conservação e preservação desse importante ecossistema.

 

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