O prefeito Thiago Martins recebeu vereadores, produtores de conteúdo para mídias sociais e comunicadores de jornais impressos, de rádio e TV, na manhã desta terça-feira, 27/5, para expor dados e informações sobre importantes obras municipais.

Ele abriu a reunião dizendo que o objetivo era munir de informações factuais os formadores de opinião, a fim de evitar que boatos, rumores e especulações continuassem circulando. “Mostrar a situação dessas obras mal planejadas e com a expectativa falsa de que tudo estava resolvido”, afirmou o prefeito.

HOSPITAL REGIONAL EM PARACATU? NÃO!

Não houve conversa nem da administração municipal de Unaí e nem do Governo de Minas sinalizando que o Hospital Regional iria para Paracatu. O prefeito Thiago Martins afirmou que essa hipótese nunca foi cogitada oficialmente. “Pelo contrário, queremos sim o Hospital Regional em Unaí. Mas precisamos organizar toda a bagunça que foi feita. É um projeto grande, que foi feito sem nenhum planejamento”.

O prefeito disse que foi identificada uma licitação de 60 milhões de reais, na gestão passada, para iniciar a construção do Hospital Regional. Mas que o processo licitatório teve de ser cancelado, por não ter dinheiro em caixa.

Seriam 40 milhões provenientes de convênio assinado com o governo do Estado (referentes às verbas indenizatórias pagas pela Mineradora Vale aos municípios de Minas, pela tragédia de Brumadinho), mais 20 milhões de vendas de terrenos municipais na cidade. Mas, segundo Thiago, o governo passado emitiu ordem de serviço, e não havia nem um, nem outro recurso.

O Governo de Minas, então, condicionou a liberação do recurso do convênio (40 milhões) somente após a correção dos atos, ou seja, assinar primeiro o convênio com o Estado, para só depois abrir o processo licitatório (para selecionar a empresa construtora), emitir a ordem de serviço e iniciar as obras. Nessa ordem.

Quanto aos 20 milhões provenientes das vendas dos terrenos do município, Thiago afirmou que somente um lote foi vendido, rendendo um valor irrisório.

HOSPITAL DE 179 MILHÕES: NA PRIMEIRA ETAPA, UM PAVIMENTO DE 79 MILHÕES

A intenção da administração municipal, explicou o prefeito, é iniciar a construção, e concluir o primeiro pavimento do Hospital Regional nos próximos 4 ou 5 anos. O investimento para a construção do térreo da unidade será de 79 milhões de reais.

Os 40 milhões de reais do convênio serão aportados pelo Estado, após as correções exigidas pela Secretaria de Estado de Saúde. E os 39 milhões restantes, de acordo com o prefeito, virão da liberação de recursos do orçamento do município, cerca de 10 milhões por ano, em quatro anos.

DUPLICAÇÃO DA MG-188: “VAI AFUNILAR NA PONTE”

O prefeito Thiago Martins explicou que o recurso para terminar a obra de duplicação da MG-188 está na conta. Mas ele reclamou que ficaram muitas arestas, como questões judiciais não resolvidas, empresas que conseguiram liminar para impedir as desapropriações, recurso extra de 400 mil para pagamento a uma empresa.

“Mais uma obra que foi jogada para a população de que houve planejamento. Mas os problemas foram repassados para nossa gestão”, reclamou Thiago. “Tem o dinheiro em conta para concluir a obra, se não houver nenhum imprevisto. Como houve um processo de desapropriação, a Procuradoria (Geral do Município) entendeu que temos de terminar a obra”.

Apesar de reconhecer que a duplicação vai aliviar o fluxo de trânsito no trecho duplicado da MG-188, Thiago disse que o projeto, cujo investimento está em 22 milhões de reais, vai deixar um gargalo sem resolver. “Quando chegar na ponte Abdon Salgado, o trânsito vai afunilar. Não tem projeto nenhum para avançar”.

ANEL VIÁRIO: “PONTE NÃO LIGA NADA A LUGAR NENHUM”

Para enfrentar o caos do trânsito, inclusive para evitar que o afunilamento na ponte Abdon Salgado seja mais grave ainda, Thiago Martins assinalou que a construção do anel viário é uma alternativa considerável.

Ele, porém, criticou como a obra foi iniciada. “Mais uma obra sem planejamento”. Segundo o prefeito, uma ponte de 7 milhões de reais foi construída sobre o rio Preto, mas não liga nada a lugar nenhum. “Fez a ponte, e aí acabou. Não fez planejamento de recurso para dar continuidade (à obra do anel viário, que vai precisar de aterro e pavimentação em 4,3 km de extensão de vias que vão ligar a BR-251 a um lado da ponte e a MG-188 ao outro lado)”.

Para concluir o anel viário, o prefeito espera contar com financiamento bancário de 25 milhões de reais. A operação de crédito já foi aprovada pela Câmara Municipal.

“Por falta de planejamento, se somar o valor da obra do Hospital Regional (179 milhões) que foi licitada de forma irresponsável, essa duplicação da MG-188, uma obra de 23 milhões para não resolver o problema, e mais 25 milhões do anel viário, estamos falando de 226 milhões”, assinalou o prefeito.

MAIS OBRAS

O prefeito Thiago Martins disse ainda que recebeu o governo com as obras de cinco Unidades Básicas de Saúde (UBSs) paradas e cinco obras de pré-escolas e creches na mesma situação. Ao fim, ele indagou: “Se juntar os 226 milhões com as 10 obras paradas, aí passam dos 300 milhões tranquilamente. Já imaginou o que é isso para o município?".

 




Vice-prefeito, secretários/assessores municipais e comunicadores acompanham as apresentações

Secretário Juliano Borges (Fazenda) explica a situação do convênio com o Estado e que apens um terreno do município foi vendido;
a ideia (da gestão passada) é que a venda dos terrenos ajudassem a fazer caixa para iniciar a obra do Hospital Regional

Secretário de Saúde, José Juliano Espíndula apresenta detalhes sobre o que o Hospital Regional trará no seu primeiro pavimento

Engenheiro Armando Neri expõe situação técnica das três obras municipais apresentadas pelo prefeito

Procurador-Geral do Município, Cléber Teixeira explica as questões judiciais que envolvem a obra de duplicação da MG-188