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Data: 06/03/2023

Das 2.621 notificações de dengue registradas pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) nos meses de dezembro, janeiro e fevereiro, 864 pessoas resultaram positivo para a doença. Foram 50 casos em dezembro; 262 em janeiro; e 552 positivados em fevereiro.


Nos últimos três meses, os cinco bairros com maior ocorrência de casos positivos, na sequência: Novo Horizonte, Divineia, Centro, Cachoeira e Canaã.


Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a dengue é uma doença viral febril aguda (arbovirose). Na maioria dos casos, os sintomas são leves e autolimitados.


Estima-se que 2,5 bilhões de pessoas no mundo vivam em área de risco de transmissão do vírus, o que causa entre 50 milhões e 100 milhões de infecções por ano. Mais de 20 mil pessoas morrem anualmente por complicações decorrentes da dengue agravada.


Com a picada de um mosquito Aedes aegypti infectado, o vírus da dengue penetra na corrente sanguínea. Durante um período de quatro a sete dias, chamado de incubação, o vírus se multiplica em órgãos como baço, fígado e tecidos linfáticos.


Os principais sintomas da dengue (clássica) são: febre alta (acima de 38,5°), dores musculares intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça, náusea e manchas vermelhas pelo corpo.


A maior parte dos sintomas duram até 10 dias, mas a fraqueza e o mal-estar podem permanecer por algumas semanas.


Em casos graves, há hemorragia intensa e choque hemorrágico (quando uma pessoa perde mais de 20% do sangue ou fluido corporal), o que pode ser fatal.


As manifestações clínicas iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas descritas para a dengue clássica. Entre o 3º e o 7º dia da manifestação da doença, quando da efervescência da febre, surgem sinais e sintomas como: vômitos, dor abdominal intensa, hepatomegalia dolorosa (aumento do fígado), desconforto respiratório, letargia, derrames cavitários (pleural, pericárdico, ascite).


Agravada, a dengue pode evoluir para a instabilidade hemodinâmica, com hipotensão arterial, taquisfigmia (aceleração do pulso) e choque. Em consequência, pode vir o óbito.


Mulheres grávidas, crianças e pessoas mais velhas (acima de 60 anos) têm maiores riscos de desenvolver complicações pela doença.


Os riscos aumentam quando o indivíduo tem alguma doença crônica, como asma brônquica, diabetes mellitus, anemia falciforme, hipertensão, além de infecções prévias por outros sorotipos.


EM UNAÍ, PREVALÊNCIA VIRAL DO SOROTIPO 1 E 2


Nos últimos dez anos, Unaí tem vivido grandes epidemias e aumento expressivo do número de casos graves e óbitos.


A dengue possui quatro sorotipos (DENV 1, 2, 3 e 4), todos com circulação no Brasil. Em Unaí, os mais comumente identificados são os tipos 1 e 2. Este ano, vem prevalecendo o sorotipo 1.


A infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele. Portanto, o indivíduo pode ter dengue somente quatro vezes ao longo de sua vida.


Como Unaí já teve quantitativo expressivo de infectados pelo tipo 1 (que já contraíram imunidade e não desenvolvem mais a doença), talvez isso explique porque não esteja ocorrendo um surto ou epidemia no município.

 

mosquu ascom unai001

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