As chuvas intensas (cerca de 160 milímetros concentrados em poucas horas) que caíram sobre Unaí, na noite de terça (7) e madrugada/manhã de quarta ( 8 ), levaram desassossego a famílias que moram em áreas de risco e puseram as autoridades públicas em alerta.
O alerta motivou um alinhamento rápido entre as secretarias municipais que foram acionadas para atendimentos de emergência.
A de Desenvolvimento Social (responsável por acolher as famílias com mudanças, alojamento e alimentação) articulou rapidamente com a de Obras e Serviços Urbanos (para cessão de caminhões, para remoção de famílias e transporte de móveis) e a de Educação (para determinar escolas municipais, de fácil acesso, que poderiam servir de abrigos a desalojados)
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FAMÍLIAS EM ÁREAS DE RISCO
A rua das Olarias, no bairro Politécnica, é um dos primeiros pontos a serem alagados no perímetro urbano, quando o rio Preto sai da calha. E, inicialmente, foi lá que a Secretaria de Desenvolvimento Social concentrou suas primeiras ações.
Com a previsão de mais chuvas e o aumento da vazão do rio, principalmente em razão da liberação de água na PCH Unaí Baixo, houve a necessidade de articular com a Secretaria de Obras, que cederia os caminhões para o caso de remoção de famílias e transporte de móveis.
Para abrigar as famílias, a articulação foi rápida com a Secretaria de Educação, que disponibilizou as Escolas Glória Moreira (Canabrava), Jovelmira Vasconcelos (Primavera) e Geraldo Martins (Politécnica).
Com o nível do rio subindo, por volta das 16 horas da quarta ( 8 ), a previsão se confirmou: a água invadiu casas na rua Olarias. Os moradores levantaram móveis, deslocaram pequenos animais para áreas mais seguras, porém se recusaram a deixar suas casas.
As seis famílias atingidas rejeitaram ajuda da Prefeitura para remoção e abrigo, assinando termo de recusa. Disseram acreditar que no outro dia estaria tudo normalizado.
TRÊS FAMÍLIAS REMOVIDAS EM OUTRAS ÁREAS
Por outro lado, o município auxiliou na remoção de três outras famílias: duas nas Chácaras Rio Preto, vítimas de enxurrada que invadiu as casas, e uma no bairro Jacilândia (próximo ao local onde o rio Preto encontra com o ribeirão Santa Rita).
Ninguém precisou ser levado para os “abrigos” ofertados pela Prefeitura. Uma das famílias levou seus pertences para galpão da Associação de Moradores das Chácaras Rio Preto; outra, para a casa de parentes; e uma terceira transportou seus móveis e utensílios para uma casa no bairro Água Branca.
As famílias atendidas receberam cestas básicas e continuam sendo monitoradas pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania.