Banco de Alimentos Municipal – Como será o funcionamento em Unaí?

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A Adequare Gestão de Negócios reuniu equipes dos três Centros de Referência de Assistência Social (Cras – Mamoeiro, Iuna e Cachoeira), do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), Abrigo Frei Anselmo, Apae, CEM, Casa de Acolhida Nossa Senhora do Carmo, Audec, do Conselho de Assistência Social e do Conselho de Segurança Alimentar de Unaí para apresentar o fluxograma de funcionamento do Banco de Alimentos Municipal de Unaí. A recepção foi no galpão onde funcionará o banco, no bairro Nova Canaã, na tarde dessa terça-feira (23/8). Presença da secretária de Desenvolvimento Social, Cláudia de Oliveira.


A exposição do trabalho ficou por conta da diretora executiva e responsável técnica da Adequare, nutricionista Monique Martins. O principal objetivo do Banco de Alimentos, segundo Monique, é "garantir o complemento alimentar a famílias que já recebem algum benefício e são assistidas por equipamentos socioassistenciais do município, como os Cras".


O encontro com a equipe de profissionais da rede é parte de mais uma fase que vai sendo superada pouco a pouco. Iniciou-se em 2018, com manifestação do prefeito Branquinho após visitar um banco de alimentos em Brasília e determinar providências a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, continuou com a reativação do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Comsea), com a criação da Lei que instituiu o Banco de Alimentos em Unaí (Lei 3.258, de 2019) e com a destinação de galpão no bairro Nova Canaã, para funcionar como sede do Banco de Alimentos.


Na sequência, o projeto prosperou com a contratação da empresa especializada para gerir o funcionamento do banco. A Adequare Consultoria foi a vencedora do processo licitatório (feito em abril) e responsável pela contratação e treinamento da equipe de trabalho terceirizada, do desenho para gestão do fluxo e do organograma de ações educativas. Na parceria, a Prefeitura cedeu o galpão e vai garantir a infraestrutura do banco, o maquinário, os equipamentos que serão utilizados e a auditoria interna.


COMO VAI FUNCIONAR?


Monique explica que a estrutura do galpão ainda está sendo adequada para receber os alimentos doados. Enquanto isso, a Adequare trabalha com a capacitação dos parceiros. Os próximos a serem mobilizados serão os doadores para o Banco de Alimentos: donos de supermercados, de sacolões de hortifrúti, fazendeiros, produtores, feirantes.


"Nesse primeiro momento, vamos mobilizar e sensibilizar os empresários que trabalham com alimento 'in natura' não perecível, ou seja, do alimento que não precisa de tratamento térmico", explica a nutricionista. Frutas, verduras, legumes e outros não processados entram no rol de alimentos que o banco receberá numa primeira etapa.


A Adequare vai oferecer capacitação para a empesa que manifestar vontade de participar e se comprometer com o Banco de Alimentos. "Eu vou na empresa, capacito, gero certificado e faço o cadastro, e acompanho todo o processo", conta Monique.


Essas empresas, segundo explica, terão reconhecimento público periódico e receberão selo de "empresa solidária", engajada em projetos filantrópicos e socialmente responsável. "Ela vai ficar bem com a população e com os consumidores", enfatiza.


E não é difícil doar: ao invés de retirar da gôndola (e descartar) uma fruta, um legume ou verdura, porque está com um amassadinho qualquer (indevido para venda, mas adequado para o consumo), ou um saco de arroz com prazo de validade próximo a vencer, e colocar num "lixo" qualquer, pode doar para o banco.


A nutricionista afirma que o Banco de Alimentos é um empreendimento em que todos ganham. Não há pagamento para parceiros, não há redução de impostos para empresários, mas há contenção de desperdício e, com efeito, socorro às famílias que necessitam desse complemento alimentar.


Complemento que, na opinião da nutricionista, "não é cesta básica", mas pode evitar que indivíduos ou famílias entrem em processo de carência alimentar e desenvolvam diabetes, hipertensão e anemia, por exemplo.


Ela afirma que 80% dos alimentos que poderiam ser perdidos, por que estão indevidos para a venda, podem ser aproveitados, porque estão viáveis para o consumo. E essa viabilidade do consumo do alimento doado será avaliada pela própria nutricionista, tanto do ponto de vista da qualidade, quanto da segurança alimentar.


"Eles vão nos ligar, vamos pegar o caminhão e vamos ao estabelecimento buscar a doação. A gente não vai receber alimento perdido ou com prazo de validade vencido", ela garante. "Não é porque vou doar para o outro que vou doar qualquer coisa", completa.


Aí, quando o item doado chegar ao galpão (que já estará devidamente estruturado e adaptado), a equipe da Adequare fará a separação, triagem, seleção, inspeção. Se em boas condições, será higienizado e embalado para distribuição aos equipamentos de assistência social, que repassará às famílias cadastradas.


TRIAGEM DO ALIMENTO E DISTRIBUIÇÃO


A empresa gestora já desenhou o fluxo, tudo de acordo com normativos alinhados e preconizados pelo Ministério da Cidadania e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). "O fluxo é padrão. Não é nada da nossa cabeça", enfatiza Monique, ao observar que existem 238 bancos de alimentos espalhados pelo Brasil.


"Portanto, o banco de alimentos não é algo novo, já foi experimentado e testado. Deu certo em vários municípios. Dará certo em Unaí também", afirma Monique, em resposta às indagações se o projeto vai vingar.


Tão logo o alimento doado entre no banco, o processo de triagem é iniciado, depois vai para o estoque e controle (com estabelecimento de prazo para consumo), passa pelas pias de higienização e sanitização, e então é montado o kit que será transportado para os Cras, onde serão distribuídos para as famílias referenciadas naquele equipamento de assistência social.


Com o aumento do volume de alimentos doados ao longo das semanas (a ver), a expectativa é fazer a distribuição de kits para todas as demais entidades unaienses que operam com alimentação de segmentos sociais assistidos e/ou vulneráveis da cidade.


Para 2023, a expectativa é a aquisição de máquina para picar os alimentos, embalar a vácuo e ainda instalar uma câmara fria no galpão, para receber doação de alimentos perecíveis. "Para o ano que vem, queremos picar, embalar as verduras a vácuo e distribuir para as entidades".


AÇÕES EDUCATIVAS


A Adequare distribuiu um cronograma de ações educativas que serão desenvolvidas, principalmente nos Cras (Mamoeiro, Canaã e Cachoeira), entre setembro próximo e abril de 2023. Representantes das entidades presentes receberam o cronograma.


Temas como "aproveitamento de cascas e produção de farinhas hipercalóricas", "benefícios nutricionais das frutas e verduras", "alimentação saudável para gestantes", "alimentação saudável para fortalecimento da imunidade de idosos", "conhecendo alimentos orgânicos", "segurança dos alimentos produzidos nas escolas", "alimentação para prevenção e combate ao diabetes", e "alimentação para prevenção e combate à hipertensão" serão desenvolvidos, principalmente nos Cras (polos Mamoeiro, Canaã e Cachoeira).

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