Força-tarefa de combate à dengue começou suas ações pelos bairros Canaã/Novo Horizonte, região com muitos casos positivos

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Dona Maria Dominga sai todos os dias cedo de casa, na rua Gessi Coelho Pereira, para cumprir jornada de diarista em outros bairros da cidade. Nesta semana, porém, sua rotina foi alterada pela dengue. Ela começou a sentir-se mal no fim da semana passada. A fraqueza e as dores a obrigaram a procurar o serviço médico, veio o exame positivo, e o médico orientou que ela ficasse em casa, nesta semana, para restabelecer a saúde. É a segunda vez que pega a dengue.


“Para mim, a dengue foi pior do que a covid. fui parar no hospital com muita dor, muita fraqueza. Eu nunca tinha dado dengue desse jeito, não. Eu já tive bem mais fraca”, ressaltou dona Maria Dominga, ao afirmar que o pior havia passado. Ela está na fase final da doença, quando o corpo começa a coçar. E doida para melhorar logo, porque precisa trabalhar. “Diarista, se não trabalhar, não ganha, né”, ela observa.


Como se não bastasse, o marido da dona Maria também está com dengue (pegou pela primeira vez). Ela conta que os sintomas no marido estão mais leves do que os dela, mas não deixam de provocar fraqueza. “Ele tá bastante fraco, mas tá trabalhando. Não consegue ficar parado”.


O filho da vizinha do lado tem dengue, o outro vizinho lá da frente também tem, o outro, a outra. Os registros da Secretaria de Saúde de Unaí revelam o surgimento de muitos casos positivos no Canaã, Novo Horizonte e arredores. Por isso, uma força-tarefa de combate à doença começou pelo Canaã na última terça-feira (28/2).


O supervisor do Centro de Controle de Zoonoses de Unaí, Daniel Caetano dos Santos, explica que o critério utilizado para uso da força-tarefa é exatamente este: atacar os locais onde há mais casos de pessoas registradas com a dengue.


ORIENTAÇÕES E BORRIFAÇÃO DE INSETICIDA


Na manhã desta quinta (2/3), servidores da força-tarefa chegaram às ruas do Novo Horizonte. Dona Maria foi uma das primeiras a receber as orientações.


O supervisor do Centro de Controle de Zoonoses fez uma inspeção em áreas da casa, deu orientações e não achou nada “ fora do lugar” que pudesse reter água e servir como criadouro do mosquito transmissor. Esquadrinhou um ralinho em área externa da casa, com a lanterna do celular, mas nada.


“Eu não tenho planta. Não tenho animais. E procuro deixar tudo em ordem”, disse a moradora, que abriu portas e janelas para que o inseticida lançado por bomba costal pudesse penetrar nos cômodos da casa e eliminar mosquitos adultos. Todo o quarteirão vizinho passaria pela mesma operação de bloqueio com inseticida.


A Prefeitura de Unaí adquiriu 60 litros de inseticida especial para combate ao mosquito (custa 8 mil reais o galão de 10 litros), com recursos próprios dos cofres municipais. Já há algum tempo o SUS não repassa o inseticida para o município. E o Estado não tem previsão de normalizar o repasse.


A força-tarefa continuará no Novo Horizonte até fazer todo o serviço. Depois segue para o Iuna. E assim prossegue, até percorrer o maior número possível de ruas da cidade. Sempre tendo em mira os locais onde mais pessoas estão pegando a dengue.


Em paralelo, outras ações rotineiras de prevenção e combate ao mosquito transmissor continuam ocorrendo em toda a cidade, sob comando da Administração Municipal: orientações aos moradores, eliminação de focos de larvas (com larvicida), palestras educativas em escolas e outras entidades, limpeza de terrenos, entre outros trabalhos de rotina que os servidores se empenham em fazer, dia após dia, mês após mês.


Daniel Caetano ressalta que “agora, a luta contra a dengue é durante todo o ano. Dengue não é mais uma doença sazonal, do período chuvoso. Ocorre em qualquer época do ano. Por isso, o combate também precisa ser feito o ano todo”.

 

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