Hospital Regional: estimativa é que projeto arquitetônico seja entregue até final de abril

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A Prefeitura de Unaí deu mais um importante passo para tornar realidade o sonho da construção do Hospital Regional, para atender Unaí e mais 11 municípios do Noroeste de Minas, e desafogar o Hospital Municipal. Nessa quarta-feira (23/11), o prefeito José Gomes Branquinho assinou a Ordem de Serviço para a elaboração do projeto arquitetônico (e complementares) para a construção.


O diretor da MEP Arquitetura e Planejamento, arquiteto Carlos Marchesi, assinou pela empresa responsável, sediada em Londrina (Paraná) e com o portfólio de ter projetado mais de 700 unidades hospitalares, clínicas e laboratoriais em todo o Brasil. De acordo com Marchesi, a MEP possui mais de 82 profissionais de diversas áreas de especialização envolvidos na elaboração dos projetos.


Antes do ato de assinatura, Marchesi visitou o local onde o hospital será construído, no bairro Terra Nova. Um terreno municipal de 29 mil metros quadrados cedido pela Prefeitura, com três acessos (rua Quinzinho Carola, rua Mozar José Crispim e rua Francisca Lucas da Silva). Esses acessos garantirão entradas independentes para pronto-socorro, maternidade (unidade materno-infantil), recepção principal, e áreas de serviço. E espaço para um amplo estacionamento.


O arquiteto foi acompanhado pela secretária de Saúde, Denise de Oliveira, e pelo engenheiro Armando Neri (Secretaria de Obras). Marchesi pediu ao setor de engenharia da PMU um levantamento topográfico altimétrico do terreno (para apontar os níveis de declividade) e dados sobre rede de esgoto e rede pluvial (drenagem de água da chuva) do local.


Com a secretária de Saúde, Marchesi iniciou conversas sobre o plano de necessidades do Hospital Regional, para traçar o esboço inicial: algo como quantidade de leitos, salas de cirurgia, leitos de UTI adulta e infantil, ambulatórios, acompanhamento pós-cirúrgico, endoscopia, área de imagens (raios-X, ressonância magnética e tomografia computadorizada), salas de alto risco e de observação de pacientes, laboratório, ala psiquiátrica, cozinha, lavanderia, entre várias outras dependências.


Uma Comissão Municipal foi instituída em julho de 2022 pelo prefeito Branquinho para fazer os diversos levantamentos que nortearam a contratação da empresa especializada (selecionada em processo licitatório).


A comissão também preparou a minuta do plano de necessidades para discutir com a empresa, que servirá como base do projeto arquitetônico (e complementares: hidráulica, mecânica, elétrica, radiológica, e outros).


Integrantes da comissão, como a própria secretária Denise de Oliveira, a diretora administrativa do Hospital Municipal, Sibelle Lourenço, e a coordenadora do Laboratório Municipal, Eliane Baia, reuniram-se com Marchesi para alinhar os detalhes finais do que constará no escopo do projeto.


NO GABINETE


Marchesi ouviu do prefeito Branquinho que o município quer uma construção de estrutura mais verticalizada, para aproveitar ao máximo o terreno e ainda deixar margens para futuras ampliações, já que a região cresce muito, e a demanda por serviços de saúde aumenta proporcionalmente.


Para iniciar a obra, o prefeito afirmou que Unaí garante R$ 20 milhões (dos cofres da Prefeitura, provenientes de vendas de terrenos municipais) e aguarda liberação de mais R$ 40 milhões do governo do Estado.


Esse recurso governamental é parte da verba compensatória de R$ 1,5 bilhão que a Mineradora Vale foi obrigada a repassar ao Estado de Minas Gerais para ratear entre os 853 municípios. Para fazer jus ao recurso, no entanto, o município teria de apresentar projeto de obras e assinar convênio com o governo do Estado.


A verba compensatória é uma forma de a Mineradora Vale ressarcir toda Minas Gerais pela tragédia socioambiental causada pelo rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração, no município de Brumadinho, que destruiu comunidades e devastou o meio ambiente.


“É um recurso aprovado pela Assembleia Legislativa e, segundo os deputados, está à disposição no caixa do governo do Estado”, lembrou Branquinho.


ABRIL DE 2023


Já para pagar o projeto arquitetônico do Hospital Regional, os R$ 2,85 milhões já se encontram no caixa da Prefeitura. Desse total, R$ 1,5 milhão foram repassados pelo Governo de Minas.


A MEP Arquitetura e Planejamento tem até o final de setembro de 2023 para entregar o projeto pronto e acabado para a Prefeitura de Unaí, mas o diretor estima que, se tudo ocorrer dentro do esperado, pode entregar o documento até o final de abril do ano que vem.


“Queremos iniciar a obra o mais rápido possível. Iniciar e avançar”, ressaltou o prefeito Branquinho, ao admitir que a Administração Municipal não vai conseguir inaugurar o hospital dentro do atual mandato, que se encerra em dezembro de 2024. E a obra pronta, segundo calcula, só será entregue à comunidade num prazo de cinco a dez anos.


“Mas esse é um legado que vamos deixar para Unaí e região”, afirmou o prefeito, “já que o Noroeste de Minas é a única região do Estado que ainda não possui um hospital regional”.


Antes de finalizar as “tratativas” com o arquiteto, Branquinho fez um último pedido: que o projeto contemple a construção de um hospital que continue “moderno” pelo menos nos próximos 20 ou 30 anos. Marchesi assentiu com a cabeça, em concordância.


POR QUE CONSTRUIR UM HOSPITAL REGIONAL EM UNAÍ


O Hospital Municipal de Unaí Dr. Joaquim Brochado foi construído há mais de 35 anos, para atender uma população local estimada em 40 mil habitantes. A unidade vem sobrevivendo ao tempo, e ao crescimento populacional e de demanda por serviços, na base de constantes obras de ampliação e adequação de sua estrutura.


Nesse meio tempo (desde a construção do HMU), Unaí virou sede de microrregião de saúde do Estado, ou seja, além de atender o município de Unaí (em crescimento significativo), o HMU passou a atender mais 11 municípios do Noroeste, o que totaliza atualmente um potencial de atendimento de uma população que beira os 250 mil habitantes.


Então, o Hospital Municipal presta serviço como um regional, serviço que segue crescente. Arca com os ônus, mas sem receber os bônus de uma gestão estadual. Os gastos do município com o HMU são cada vez mais altos, escalando ano após ano e impactando os recursos da saúde municipal com um todo.


Portanto, uma das preocupações da atual Administração Municipal é com a futura gestão do Hospital Regional, que precisa ser discutida com o Governo do Estado. Mas isso é tema para um outro capítulo.

 

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