Covid cai. Dengue sobe. O sobe e desce de doenças cujo combate depende da população

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Enquanto casos de covid caíram a 89 positivos na última semana epidemiológica (depois de atingir pico de 1.311 contaminados em uma semana de janeiro) e com viés de queda para o próximo levantamento, os números da dengue em Unaí seguem aumentando, ao atingir 180 positivados na semana passada e com perspectiva de crescimento.

 

De acordo com a secretária Denise de Oliveira (Saúde), a situação "fica mais tranquila em relação à covid" e "preocupa acerca da dengue".


No caso da covid, a expectativa da Secretaria de Saúde é reforçar a prevenção, vacinando mais pessoas, especialmente com a segunda dose e a dose de reforço, ambas com percentuais de imunização bem abaixo do esperado.


Em relação à dengue, é esperado um comportamento mais responsável da população, no sentido de eliminar focos que podem virar criadouros do mosquito-transmissor e estão dentro das casas dos unaienses.


CENTRAL COVID REDUZ ATENDIMENTO


A baixa nos indicadores da covid em Unaí, com redução na ocupação dos leitos no Hospital Municipal e a diminuição na procura por atendimento da Central Covid (Caic), já estão produzindo algumas alterações, como no horário de atendimento da central.


A partir de 1º de abril, a Central Covid não fará mais o atendimento noturno e nem nos finais de semana. Funcionará de segunda a sexta, das 7h às 17h, sem interrupção.


A Central Covid é referência no atendimento de pessoas com síndromes gripais ou que moram em áreas sem cobertura de PSF (onde há equipes de saúde da família). Indivíduos que apresentam síndromes gripais e têm PSF de referência podem procurar a própria unidade para consultas e testes diagnósticos.


No momento mais agudo da pandemia, a Central Covid chegou a atender 300 pessoas por dia. Hoje, em dia mais movimentado, a unidade atende entre 60 e 70 pacientes. Muitos dos atendidos, nas últimas semanas, chegam com sintomas de dengue, que podem se confundir com os da covid em muitos casos.


DIA "EXCLUSIVO" DE VACINAÇÃO CONTRA COVID


Neste sábado, 2 de abril, a Secretaria de Saúde vai disponibilizar duas unidades de PSF exclusivamente para imunização anticovid.


O PSF do Politécnica estará aberto entre 8h e 14h, para vacinar os adultos. E o PSF Cachoeira atenderá o público infantil no mesmo horário.


"Estamos oferecendo essa oportunidade para quem não tem tempo durante a semana ou, por um motivo ou outro, não puderam tomar a vacina ainda", assinala Denise.


NÚMEROS DA VACINAÇÃO EM UNAÍ


A abertura de um dia "exclusivo" para a vacinação anticovid objetiva melhorar os números unaienses. De acordo com o Vacinômetro do Estado, Unaí imunizou 82,86% da população acima de 18 anos com a primeira dose; 75,70% com a segunda dose; e 31,62% com a terceira (ou dose de reforço).


Denise interpreta como "bom percentual" os que tomaram a primeira dose, "não satisfatório" os imunizados com a segunda dose e "muito ruim" os números da terceira dose (ou dose de reforço).
Quanto à vacinação do público infantil, segundo Denise, houve uma melhora repentina nos números da última semana. A vacinação infantil atingiu 41,85% do público-alvo.


FAKE NEWS


Para a secretária de Saúde, os percentuais considerados "insatisfatório ou muito ruins" podem ser atribuídos especialmente às Fake News. "As pessoas estão correlacionando tudo à vacina, até sintomas que venham a sentir semanas ou meses depois da aplicação da dose", destaca.


Ela considera "normal" os efeitos produzidos pelo imunizante: uma possível dor no braço (local da aplicação) ou uma reação a um imunizante que vai produzir anticorpos. "Sim, é normal algumas pessoas sentirem dor no local da aplicação, dor no corpo, febre, mal estar, tudo isso é normal", salienta Denise. "Minimamente uma dor no braço, a pessoa vai sentir".


Como os sintomas provocados pela vacina na maioria das pessoas é fato considerado "normal", a secretária de Saúde lembra que as autoridades técnico-científicas orientam as pessoas a se vacinarem com todas as doses disponíveis.


"Agora, se alguns sintomas persistirem ou se agravarem depois da vacina, a recomendação é procurar o serviço médico, relatar o caso, e ver com o médico se dá para tomar as doses subsequentes".


O município já está oferecendo a 4ª dose do imunizante para pessoas com 80 anos ou mais. Para se vacinar, no entanto, o paciente deve ter tomado a última dose da vacina há, no mínimo, 120 dias. 


USO DE MÁSCARA EM LOCAL FECHADO


Em Unaí, a liberação do uso (facultativo) de máscara de proteção facial foi somente para locais abertos. Ou seja, em espaços abertos a pessoa pode optar por usar a máscara, ou não. Em locais fechados, a exigência de uso continua. Para a secretária, o uso da máscara – mesmo em local aberto – continua sendo recomendada se a pessoa quiser continuar se protegendo.


"Em locais fechados, tem uma nota do Estado que orienta os municípios", explica Denise. A nota técnica vincula a liberação em locais fechados à situação epidemiológica do município e ao percentual de população vacinada.


Unaí tropeça no último quesito, porque de acordo com a nota, para liberar máscara em local fechado é necessário ter ao menos 80% da população alvo vacinada com a segunda dose e no mínimo 70% imunizada com a terceira dose (ou dose de reforço).


DENGUE AUMENTANDO


A escalada dos casos positivados para dengue em Unaí preocupa as autoridades, por também ser considerada doença grave que, em casos mais agudos, como a do tipo hemorrágica, pode provocar a morte do paciente.


Minas Gerais registrou cinco mortes por dengue neste ano, até esta quinta (31/3). Outras 13 mortes suspeitas de dengue estão sendo investigadas pelas autoridades sanitárias.


"Os casos são muitos e estão aumentando em Unaí", alerta Denise de Oliveira, ao admitir, no entanto, que a situação atual do município ainda não é caracterizada como "epidemia" pelo setor de Epidemiologia da Secretaria de Saúde.


Os números da dengue só não estão piores em Unaí, na opinião da secretária, devido às ações implementadas pelo município tão logo constatou um alto índice de infestação larvária, registrado por levantamento feito no início do ano. O LIRAa apontou um alto risco para proliferação de casos de dengue em todas as regiões da cidade.


Medidas como a formação de força-tarefa de limpeza, que percorreu todos os bairros, a ação do fumacê percorrendo rua por rua em toda a cidade e a força-tarefa do Estado que faz um trabalho dentro das casas, borrifando inseticida (modalidade aerosystem) em cada cômodo das residências foram fundamentais para conter uma iminente situação de epidemia, no momento em que o município enfrentava picos de covid.


SÓ COM AJUDA DA POPULAÇÃO


A secretária Denise afirma que a dengue pode ser controlada, somente se a população ajudar. "Se o morador não remover o criadouro do município, não vai resolver", pontua.


Abrir as casas para a atuação dos agentes, do fumacê, das forças-tarefas de borrifação e limpeza também auxilia a principal ação, que deve ser iniciativa do próprio morador: limpar sua própria residência.


O mosquito transmissor prolifera principalmente em locais úmidos ou com água parada. Por isso, ficar de olho nos quintais, vasinhos de plantas, vasilhames de cães e gatos, calhas e telhados, atrás de geladeiras e embaixo de aparelhos de ar condicionado, ralinhos ou quaisquer retentores de água, que podem ser até uma tampinha, casca de ovo ou uma sacolinha plástica.


Canteiros da construção civil também são constatados focos de larvas do transmissor da dengue. Por isso, quem coordena o serviço ou trabalha nesses locais deve ficar atento à limpeza e remoção de eventuais criadouros.


É GRAVE. PODE MATAR


Pessoas com febre alta, fadiga, dores no corpo, dores na cabeça e atrás dos olhos, vômito, diarreia ou quaisquer sintomas que causem desconforto devem procurar o serviço médico. Denise lembra que a dengue é uma doença que inspira cuidados especiais.


"As pessoas precisam ficar de olho nas plaquetas (que atuam na formação do coágulo sanguíneo), porque a dengue hemorrágica pode levar à morte. Então, o surgimento dos primeiros sintomas deve levar a pessoa a procurar o serviço médico, para um diagnóstico correto e o tratamento adequado", aconselha a secretária de Saúde, que é enfermeira de formação.

 

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