Superlotação de Hospital Municipal e Pronto-Socorro faz secretária pedir ajuda às autoridades

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A secretária municipal de Saúde, Denise de Oliveira, enviou ofício à Gerência Regional de Saúde, ao Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais e à Promotoria de Justiça da Comarca de Unaí para comunicar a superlotação de leitos do Hospital Municipal e do Pronto-Socorro e fazer um pedido de ajuda. Além dos pacientes de Unaí, HMU e PA estão sobrecarregados por pacientes de toda a região. "Pedir a cada prefeito, a cada gestor dos municípios que atendam os pacientes que conseguirem atender aí em suas cidades de origem. Se também puderem buscar seus pacientes que estão internados aqui e conseguirem tratar em suas cidades, que nos ajudem".


Nas últimas semanas, o Pronto-Socorro de Unaí chegou a bater recordes de atendimento em um só dia. Os casos de síndromes gripais (impulsionados por um surto de H3N2), suspeitos de covid-19 (variante ômicron, com grande poder de transmissão), pacientes com outras demandas dão entrada no Pronto-Socorro, como vítimas de acidentes, feridos por armas de fogo e perfurocortantes, com problemas do coração, infecções renais e do trato urinário, dos pulmões, e uma série de outras urgências e emergências.


Na sexta-feira (21/1), 30 pacientes (de clínica médica) que deveriam estar no Hospital Municipal tiveram de ser removidos para o Pronto-Socorro, onde já havia mais 20 pacientes em observação, com fraturas, cólicas e outros problemas. O Hospital Municipal possui 72 vagas de leitos (8 de maternidade, 4 de incubadora, 15 cirúrgicos, 15 ala covid, 15 clínica médica, 4 pediatria, 5 UTI covid, 5 UTI normal), todas ocupadas.


NO PA, as pessoas precisaram ser acomodadas em cadeiras simples, macas, do que jeito que dava. "É o recurso que temos no momento. Na condição em que hoje estamos, não temos condições de atender os pacientes de forma rápida, de forma segura, de oferecer um pouco de conforto e comodidade a eles", lamenta Denise.


Ela explica que a intenção é evitar ainda mais o "estrangulamento" do sistema público da saúde unaiense. "A sobrecarga está vindo toda em cima de Unaí. Não temos para onde encaminhar os pacientes e o atendimento está ficando muito deficitário".


Ela admite, no entanto, que Unaí está atendendo da melhor forma (mas dentro do que é possível) quem procura hospital e pronto-socorro. "Não deixamos de atender ninguém, mas o atendimento não é feito da forma que gostaríamos ou como é determinado pelo prefeito".


PEDIDO


O ofício encaminhado para as autoridades regionais, segundo Denise, trata-se de uma solicitação ao Estado. "O governo de Minas está repassando recursos para outros três municípios para ajudar Unaí a receber pacientes mas, na prática, isso não está ocorrendo. A sobrecarga está ficando toda com Unaí".


A secretária diz que Unaí precisa do apoio do Estado para a definição de uma melhor estratégia de atendimento aos pacientes que chegam sem parar. "Seria comprar leitos em hospitais com maior capacidade? Seria tentar outro hospital público que tenha capacidade melhor para nos atender?".
Ao admitir ser "humanamente impossível" trabalhar da forma como está, Denise apela para a sensibilidade dos governantes, do Ministério Público, do diretor da Regional de Saúde e do Consems regional.


"O Estado precisa voltar o olhar para a assistência hospitalar da região Noroeste. Precisamos que o olhar seja voltado para Unaí. Não temos medido esforços para atender todos os pacientes que nos procuram, mas alguns atendimentos realmente podem deixar a desejar. Por falta de condições mesmo", lamenta a secretária de Saúde.

 

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