Campanha escolar de entrega de “lixo” de logística reversa chega ao final com premiação de alunos sorteados

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Alunos das escolas unaienses que participaram ativamente da campanha (entregaram o material coletado e receberam um “cupom” para concorrer), e foram sorteados, ganharam bicicleta, televisor, aparelho celular, bolas de futebol e vôlei.


Os sortudos levaram para casa ainda uma muda de ipê amarelo mirim e um certificado de participação. O evento de entrega dos prêmios foi na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, na tarde dessa quinta-feira (15/12).


Participações efetivas das Escolas Municipal Tomaz Pinto da Silva, Estadual Teófilo Martins, Estadual Manoela Faria, Municipal Glória Moreira, Municipal Jovelmira Vasconcelos, Municipal Euclides da Cunha, Particular Novo Mundo, Estadual Virgílio de Melo Franco, Creches Aquarela e Branca de Neve.

A premiação unaiense ocorreu em nível municipal (antecipando-se à premiação regional noroeste), porque algumas empresas (como Baiano Imóveis e Residencial Belvedere) se sensibilizaram, viram a importância do tema e da mobilização dos alunos, e patrocinaram os prêmios pelo reconhecimento da ação.


No decorrer da “gincana”, os pátios de algumas dessas escolas ficaram cheios de resíduos, principalmente garrafas de vidro, pneus, eletroeletrônicos (e seus componentes), celulares, pilhas e baterias.


Caminhões da Prefeitura recolheram os materiais e levaram para o Ecoponto da Apanor (ponto de entrega referência para todo o Noroeste), um galpão nos antigos armazéns da Casemg, na BR-251.
Mas, a ação de mobilização dos estudantes faz parte de um projeto maior, possui caráter regional,

integra a 1ª Campanha de Logística Reversa do Noroeste de Minas e é uma iniciativa da Associação dos Municípios do Noroeste (Amnor), da Associação de Proteção Ambiental do Noroeste de Minas (Apanor), das Secretarias Municipais de Meio Ambiente e parceiros.


Além da secretária de Meio Ambiente de Unaí, Cátia Regina Rocha, e do diretor da pasta Laércio Caixeta, o evento contou com a participação do diretor-geral do Saae, Alino Coelho; do presidente da Associação de Proteção Ambiental de Unai (APA), José Américo Carniel; do gestor financeiro da Apanor, Altegno Dornelas; da educadora ambiental da Apanor Mary Fernandes; do empresário do setor de reciclados em Unaí Ally Homero; do empresário e patrocinador John Bryan; de diretores escolares, professores e familiares de alunos.


A MOBILIZAÇÃO


A mobilização nas escolas ficou por conta da direção de cada unidade unaiense, depois que o setor de educação ambiental da Apanor visitou cada uma. Todas foram visitadas (municipais, estaduais, particulares) e receberam material de divulgação e orientação sobre a campanha.


O objetivo central da campanha (que deve continuar em 2023) é orientar, sensibilizar e conscientizar os alunos para a necessidade de coletar e fazer a destinação correta do material de logística reversa. Que Unaí já possui um ponto de entrega voluntária de vidros, pneus, isopor, eletroeletrônicos e seus componentes, telefone celular, pilhas e baterias, além de uma gama de outros produtos.


O material de logística reversa é um resíduo que não tem valor de venda (ninguém quer coletar e muitos não sabem o que fazer com ele) e acaba sendo descartado irregularmente na natureza, no aterro de lixo ou vira entulho dentro dos domicílios.


O local correto do descarte é o galpão dos armazéns da antiga Casemg, margem direita da BR-251, antes do viaduto de acesso ao Canaã. Esse Ecoponto da Apanor serve como referência de entrega para todos os municípios do Noroeste de Minas.


Como a legislação determina que esse material retorne à indústria de origem ou transformação, uma parceria da Apanor e da Amnor com empresas intermediárias promove a coleta em Unaí e o transporte até o destino final, no Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, São Paulo, ou outros locais do Brasil onde o material é reciclado, reaproveitado ou corretamente destruído.


PREFEITURA É RESPONSÁVEL PELA COLETA DO LIXO COMUM E PARCEIRA NA COLETA DE RECICLÁVEIS E DE LOGÍSTICA REVERSA


Unaí já tem pronta sua Lei Municipal do Saneamento Básico, com quatro eixos de atuação: água, esgotamento sanitário, drenagem pluvial e gestão de resíduos sólidos.


Os três primeiros eixos são de responsabilidade do Serviço Municipal de Saneamento Básico (Saae). O eixo dos resíduos sólidos fica a cargo da Prefeitura, via Secretaria Municipal de Meio Ambiente.


De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (e agora também a política municipal), a Prefeitura deve fazer somente a coleta do lixo comum domiciliar e dar a destinação correta. Por sua vez, a população é responsável por acondicionar corretamente o lixo em sacos fechados e colocar na rua nos dias e horários marcados para o caminhão coletar.


A coleta seletiva de resíduos recicláveis (papel seco, papelão, latinhas, metais, garrafas pet, variados tipos de embalagens) deve ser feita pelas associações ou cooperativas de catadores. Os recicláveis geram trabalho e renda para o segmento. Cabe à população separar o material reciclável do lixo comum, cada um acondicionado num saco separado, e colocar à disposição dos coletores. O aterro do lixo unaiense continua cheio de material que poderia virar dinheiro.


Já a gestão dos resíduos de logística reversa é o último segmento da cadeia dos resíduos sólidos e tornou-se agora o principal foco de atenção dos municípios brasileiros. Tudo que não é lixo comum domiciliar (produzido diariamente nas residências e comércios) e não é resíduo com potencial de reciclagem (que tem valor de venda) está inserido nesse segmento e deve ser entregue no Ponto de Entrega Voluntária da Casemg.


A manutenção do galpão e dos serviços conexos é uma obrigação dos geradores de resíduos dos materiais de logística reversa (industriais, comerciantes, revendedores, empresários, produtores rurais). Por exemplo, quem vende uma geladeira, um computador com impressora, um sofá ou um celular é obrigado a recebê-los de volta ou manter um ponto de entrega onde o consumidor final poderá descartar o produto quando não servir mais.


Então, como consumidora final dos produtos, a população também deverá fazer sua parte: entregar os resíduos inservíveis (eletroeletrônicos usados, garrafas de vidro, pilhas e baterias, pneus, isopor, sofás velhos e tudo que não seja lixo comum ou reciclável) no galpão do Ecoponto. E nunca descartar em beiras de rodovias, lotes vagos, pontas de ruas ou minilixões que são pontuais em áreas da cidade.


“Entendemos que é muito difícil para as empresas recolher o que o consumidor compra, usa e precisa descartar. Então, o poder público está fazendo a obrigação compartilhada com as empresas”, explica a secretária de Meio Ambiente de Unaí, Cátia Regina Rocha. A população, idem, precisa fazer sua parte.


ESCOLA É FUNDAMENTAL NO PROCESSO


Já que Unaí estabeleceu sua política municipal de gestão dos resíduos sólidos, envolver as escolas na campanha é a meta central para fazer o tema ser difundido no ambiente escolar, chegar às famílias e ser ampliado para as comunidades.


“A gente entende que a escola é o melhor local para trabalhar essas campanhas. Peço aos pais, diretores escolares, professores que continuem nos apoiando nessa tarefa árdua de sensibilizar e orientar as pessoas a entregarem os resíduos de logística reversa no Ecoponto (Casemg)”, ressaltou Cátia Rocha.


O efeito da conscientização das crianças sobre a gestão do lixo e dos resíduos, na opinião de José Américo (presidente da APA), é um país com “adultos melhores”.


Para Altegno Dornelas, a hora da mudança é agora, porque “nós não fomos educados para fazer a coleta seletiva ou gerir a logística reversa dos materiais”. Educação ambiental e legislação, em sua opinião, serão fundamentais para a política pegar.


Professora da Creche Aquarela, Mônia Barcelos também participou ativamente da gincana, foi sorteada e espera que outras ações do tipo sejam promovidas. “Precisa de muita divulgação”, ela sugeriu.

Professora Mônia contou que na Aquarela houve uma grande mobilização. “Estamos fazendo nossa parte, moldar os pequenos para conscientizarem os pais e os adultos da comunidade”.


Outras campanhas de educação ambiental, com a pretendida participação ativa da comunidade, serão desenvolvidas nas escolas unaienses no ano que vem.


Mas não apenas nas escolas. A ideia da Secretaria Municipal de Meio Ambiente é ampliar para toda a população e fazer uma grande mobilização geral na cidade, que vise ampla participação popular.


E, para dar mais incentivo às participações, com distribuição de prêmios.

 

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